Buracos se espalham pelas ruas de Ribeirão Preto (SP)
Além de conviver com as falhas comuns registradas nos asfaltos de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), moradores e motoristas da cidade têm se deparado também com buracos abertos pela própria prefeitura, mas que não são fechados. Alguns deles completam até dois meses nessa situação.
Nesta quinta-feira (17), a Folha percorreu 38 km durante três horas por vias da cidade e constatou 21 grandes buracos --um deles ocupava a metade da rua-- em bairros como Vila Seixas, Vila Tibério, Campos Elíseos e Ipiranga.
Ao menos 14 deles foram abertos pelo Daerp (autarquia que gere os serviços de saneamento básico).
A prefeitura informou que houve um problema em relação à empresa terceirizada que faz os reparos nos asfaltos.
No início deste mês, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) apontou irregularidades no edital de licitação do Daerp para contratação de serviços de tapa-buraco no valor de R$ 11,3 milhões.
No dia 14, o município contratou sem licitação a Mattaraia Engenharia para fazer os serviços, por 1,9 milhão.
Entre os bairros percorridos a pior situação é no Ipiranga, que concentra sete buracos.
A falha localizada no cruzamento da Coronel Américo Batista com a Piauí já está sem reparos há dois meses, segundo moradores.
Edson Silva - 11.out.13/Folhapress | ||
Buraco aberto pelo Daerp há dois meses no cruzamento das ruas Coronel Américo Batista com a Piauí |
"É perigoso, pode causar um acidente", afirma o comerciante Sebastião Siena. Há poucos metros dali, na mesma rua, há outro buraco que foi aberto há dez dias.
O Daerp faz intervenções nas vias para consertos nas redes de água e esgoto ou para fazer interligações para ampliar o abastecimento.
Na Vila Seixas, rua Amadeu Amaral, entre os números 535 e 556, há três buracos em menos de 50 metros. Até a calçada tem uma falha.
Os três buracos foram sendo abertos aos poucos. Há um mês, o asfalto foi rasgado para consertar um vazamento. Outros dois buracos e as danificações na calçada foram gerados para ampliar o abastecimento a um imóvel.
METADE DA RUA
Uma das situações mais graves se localiza na Vila Tibério, na rua Paraíso, em frente ao número 863.
O buraco é fundo e ocupa mais da metade da rua. Lá, passam ônibus, agravando a situação.
"[O poder público] Não tem vergonha, falta administração", afirmou o aposentado Vanderlei Rossi, 76.
Já no Campos Elíseos, a Folha localizou uma obra incompleta há 15 dias: rua 11 de Agosto, número 595. O problema atrapalha a entrada de um estacionamento.
Em sete grandes buracos, a reportagem não conseguiu confirmar se as falhas foram provocadas pelo Daerp ou se são desgastes do asfalto.
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