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Ribeirão Preto
Estudantes desocupam prédio da USP São Carlos (SP) e encerram greve
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ISABELA PALHARES
DE RIBEIRÃO PRETO
Os estudantes da USP São Carlos (232 km de São Paulo) decidiram nesta sexta-feira (1) desocupar o prédio da prefeitura do campus, invadido há 15 dias, e também encerraram a greve deflagrada na universidade.
A invasão, no último dia 17, ocorreu no contexto de outros protestos nos campi da USP que pedem eleições diretas para reitor da instituição.
Em São Carlos, a desocupação do prédio foi definida após dirigentes da USP assinarem um termo de compromisso para atender as reivindicações dos alunos sobre questões locais do campus.
Para o diretor do Caaso (Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira), Felipe Magnus Carvalho Schmidt, a negociação foi considerada uma conquista com a possibilidade de um canal de comunicação com a direção do campus.
"Tínhamos essas reivindicações desde 2011. Acredito que nossa conquista possa se estender para São Paulo", disse Schmidt.
Entre as reivindicações em São Carlos está a liberação para o Caaso continuar funcionando como lanchonete e, consequentemente, como meio de financiamento da entidade. Os diretores se comprometeram a defender no conselho gestor o projeto e a construção de instalações para uma nova lanchonete.
Os estudantes pedem ainda a não terceirização do transporte entre os dois campi da universidade no município e a liberação para os alunos realizarem eventos sociais e festas dentro do campus.
Edson Silva/Folhapress | ||
Universitários ocuparam prédio da prefeitura da USP São Carlos durante 15 dias; manifestação acabou nesta sexta (1) |
Nesses dois pontos, os diretores do campus de São Carlos se comprometeram a levar a discussão para as instâncias superiores da USP.
"Esse era o momento ideal para encerrar a greve. O problema da universidade continua. Mas acho que significa um indício de que os alunos conquistaram um canal de diálogo que não havia", avaliou Schmidt.
'MATURIDADE'
A desocupação se deu sem a necessidade de a USP utilizar uma decisão favorável na Justiça de reintegração de posse do prédio invadido.
Segundo Carlos Ferreira Martins, diretor do IAU (Instituto de Arquitetura e Urbanismo) e um dos signatários do termo de compromisso com os alunos, o desfecho foi o resultado de uma vontade conjunta.
Por meio de sua assessoria de imprensa, ele disse que o resultado "demonstra a maturidade da comunidade da USP de São Carlos que conseguiu chegar a uma solução negociada de forma transparente e democrática" e sem a necessidade de recurso à força policial.
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