Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter

Ribeirão Preto

01/11/2013 - 18h40

Estudantes desocupam prédio da USP São Carlos (SP) e encerram greve

Publicidade

ISABELA PALHARES
DE RIBEIRÃO PRETO

Os estudantes da USP São Carlos (232 km de São Paulo) decidiram nesta sexta-feira (1) desocupar o prédio da prefeitura do campus, invadido há 15 dias, e também encerraram a greve deflagrada na universidade.

A invasão, no último dia 17, ocorreu no contexto de outros protestos nos campi da USP que pedem eleições diretas para reitor da instituição.

Em São Carlos, a desocupação do prédio foi definida após dirigentes da USP assinarem um termo de compromisso para atender as reivindicações dos alunos sobre questões locais do campus.

Para o diretor do Caaso (Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira), Felipe Magnus Carvalho Schmidt, a negociação foi considerada uma conquista com a possibilidade de um canal de comunicação com a direção do campus.

"Tínhamos essas reivindicações desde 2011. Acredito que nossa conquista possa se estender para São Paulo", disse Schmidt.

Entre as reivindicações em São Carlos está a liberação para o Caaso continuar funcionando como lanchonete e, consequentemente, como meio de financiamento da entidade. Os diretores se comprometeram a defender no conselho gestor o projeto e a construção de instalações para uma nova lanchonete.

Os estudantes pedem ainda a não terceirização do transporte entre os dois campi da universidade no município e a liberação para os alunos realizarem eventos sociais e festas dentro do campus.

Edson Silva/Folhapress
Universitários ocuparam prédio da prefeitura da USP São Carlos durante 15 dias; manifestação acabou nesta sexta (1)
Universitários ocuparam prédio da prefeitura da USP São Carlos durante 15 dias; manifestação acabou nesta sexta (1)

Nesses dois pontos, os diretores do campus de São Carlos se comprometeram a levar a discussão para as instâncias superiores da USP.

"Esse era o momento ideal para encerrar a greve. O problema da universidade continua. Mas acho que significa um indício de que os alunos conquistaram um canal de diálogo que não havia", avaliou Schmidt.

'MATURIDADE'

A desocupação se deu sem a necessidade de a USP utilizar uma decisão favorável na Justiça de reintegração de posse do prédio invadido.

Segundo Carlos Ferreira Martins, diretor do IAU (Instituto de Arquitetura e Urbanismo) e um dos signatários do termo de compromisso com os alunos, o desfecho foi o resultado de uma vontade conjunta.

Por meio de sua assessoria de imprensa, ele disse que o resultado "demonstra a maturidade da comunidade da USP de São Carlos que conseguiu chegar a uma solução negociada de forma transparente e democrática" e sem a necessidade de recurso à força policial.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página