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Ribeirão Preto
Roubos crescem acima da média na zona sul de Ribeirão Preto
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DANIELA SANTOS
DE RIBEIRÃO PRETO
Formada por bairros de moradores de poder aquisitivo médio e alto, a zona sul de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) atraiu diversos tipos de comércio nos últimos anos --bares, restaurantes, lojas de roupas e de veículos. Mas, ao mesmo tempo, também atraiu os bandidos.
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública, a região foi a que apresentou a maior alta nos casos de roubos de janeiro a setembro deste ano na comparação com as outras regiões da cidade.
O aumento desse tipo de crime no período foi de 30,8%. Ao todo, foram registrados 526 casos. Só no mês de setembro, a alta foi de 43,1% --63 ocorrências.
Os casos de furtos também cresceram na região neste ano: saltaram de 1.684, de janeiro a setembro de 2012, para 2.035 --alta de 20,8%. Dos casos, 416 foram relacionados a furtos de veículos.
Para a Polícia Militar, o aumento da criminalidade na zona sul está relacionado à expansão urbana da região.
GANGUE DO ROLEX
Em um dos endereços mais nobres da zona sul, a avenida Professor João Fiúsa, foi registrado a ação de um grupo especializado em furtar relógios da grife de luxo Rolex.
No último dia 24 de setembro, um policial militar, de 44 anos, de São Carlos (232 km de São Paulo), foi preso suspeito de praticar 20 roubos na região.
Segundo a Polícia Civil, que investiga o caso, outras pessoas, ainda não identificadas, participavam do crime da gangue do Rolex.
Eles estavam agindo desde o começo do ano. Com armas, intimidavam pedestres e agiam nas proximidades de estabelecimentos comerciais de alto padrão, como concessionárias e restaurantes.
Edson Silva/Folhapress | ||
Grades na vitrine da loja da comerciante Maíra Bretas Gonçalves, na zona sul de Ribeirão; medida para evitar a ação de bandidos |
ARQUITETURA DO MEDO
Em toda a cidade, os casos de roubo também cresceram 7,9% neste ano. Segundo os dados da secretaria, a cada grupo de 176 pessoas, uma já foi assaltada em Ribeirão.
Por causa disso, a arquitetura da região também se modificou. As lojas, que antes mantinham as portas abertas, agora só abrem após identificação do cliente. As vitrines, com manequins e roupas luxuosas, ganharam grades como acessórios.
"Loja escancarada é um perigo por aqui. Os ladrões entram e levam tudo", disse a comerciante Cláudia Sartorello, 43, que tem uma loja no Jardim Irajá. Ela adotou diversas medidas de segurança após ter itens furtados na loja.
No mesmo bairro, a comerciante Maíra Bretas Gonçalvez, 44, precisou colocar grades nas vitrines, já que em junho teve cerca de R$ 20 mil levados em roupas infantis e juvenis. As peças foram furtadas durante a madrugada.
"A gente não tem segurança. Dá muito medo até de andar por aqui, em qualquer horário. Muitos comerciantes antigos vão embora", disse.
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