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Ribeirão Preto
Operação tenta combater receptação de fios roubados em Ribeirão Preto
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ISABELA PALHARES
DE RIBEIRÃO PRETO
O Ministério Público realizou uma operação na manhã desta sexta-feira (8) na favela Mário Covas, do bairro Quintino Facci 2, zona Norte de Ribeirão Preto ( 313 km de São Paulo), para tentar identificar possíveis receptadores de fios de cobre roubados e furtados.
Levantamento da prefeitura aponta que a cidade tem entre 500 a 700 pontos de venda de materiais recicláveis que poderiam atuar como receptadores desse tipo de produto, segundo informou o promotor Naul Felca, responsável pela operação.
A operação contou com a participação da Polícia Militar. Até às 13h, não havia sido divulgado nenhum balanço sobre os resultados da operação.
"A Polícia Militar relatou que nessa receptação, muitas vezes, a troca envolve droga e não dinheiro", disse Felca.
A residência da coletora de recicláveis Maria Aparecida Rodrigues, 52, foi um dos locais investigados. A polícia encontrou no local apenas uma garrucha que foi apreendida.
"Encontrei essa arma no lixo. Estava velha e enferrujada. Não faço nada ilegal, vendo recicláveis porque é o único emprego que arrumei. Vão me arrumar um empego melhor?", disse a coletora. Ela negou que tenha recebido fios de cobre ou qualquer material furtado ou roubado.
O promotor afirmou que novas operações para identificar receptores serão realizadas nas próximas semanas.
"Parece que são situações pontuais, mas elas colaboram para o aumento da criminalidade. Nós vamos investigar toda essa cadeia, quem são as pessoas que furtam, para quem vende e quem é o receptor final", disse Felca.
OUTRAS IRREGULARIDADES
Numa área pública da favela ocupada pelos moradores, foram encontradas várias irregularidades. A Polícia Militar efetuou a apreensão de 12 veículos que estavam abandonados e sem licenciamento.
A CPFL também acompanhou a operação e constatou a presença de ligações clandestinas de energia.
O Juizado de Menores também participou da operação e informou que realizará um relatório sobre as condições em que algumas crianças viviam em uma residência, onde também funcionava um depósito de materiais recicláveis.
"O local é totalmente inapropriado, sujo, cheio de entulho, com materiais altamente inflamáveis", disse Marcos Gomes, comissário do juizado.
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