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Ribeirão Preto

12/11/2013 - 06h17

Agora, mãe passa a atacar o padrasto de Joaquim, em Ribeirão Preto

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GABRIELA YAMADA
DE RIBEIRÃO PRETO
ISABELA PALHARES
ENVIADA A SÃO JOAQUIM DA BARRA

O menino Joaquim Ponte Marques, 3, cujo corpo foi encontrado no último domingo (10) no rio Pardo, em Barretos (423 km de São Paulo), era visto como "empecilho" pelo padrasto, o técnico em informática Guilherme Raymo Longo, 28, no casamento com a mãe da criança, a psicóloga Natália Mingoni Ponte, 29.

Essa foi uma das afirmações feitas por ela em depoimento nesta segunda-feira (11), de acordo com o promotor Marcus Tulio Alves Nicolino.

Mas não foi a única mudança de comportamento de Natália em relação aos primeiros dias do desaparecimento do menino. Ambos estão presos temporariamente --o lugar não é revelado.

Antes, ela dizia que tinha um bom relacionamento com o marido e que Longo se dava bem com o seu filho.

Já no domingo, ela afirmou que, motivado por ciúme, o marido a ameaçou de morte quando pediu a separação depois de descobrir que ele tinha voltado a usar drogas. Também pelo mesmo motivo, teria ameaçado jogar o filho do casal, um bebê de quatro meses, contra a parede.

O casal se conheceu em uma clínica de recuperação em Ipuã, onde Longo se tratava e Natália trabalhava.

No dia do desaparecimento do menino, há uma semana, Longo afirmou à polícia que saiu de madrugada para comprar drogas, mas voltou cerca de 15 minutos depois porque não encontrou o que procurava.

"Provavelmente a mãe se sentia intimidada pelo marido. Ela viu o corpo do filho e agora, mais segura, talvez decida fornecer mais informações", afirmou o promotor.

Segundo Nicolino, Longo culpava Joaquim pelos desentendimentos com a mulher. O garoto teria muita liberdade em casa, situação que não agradava o padrasto.

Três dias antes do desaparecimento do menino, o casal teve uma briga e Longo teria ameaçado se matar.

"[Longo] Disse que Natália, assim, ficaria com um pedaço do filho dele e um pedaço do filho do outro", disse o promotor, referindo-se ao pai do menino, o promotor de eventos Artur Paes.

Edson Silva/Folhapress
Artur Paes, pai do menino Joaquim Ponte Marques, 3, durante velório em São Joaquim da Barra, na região de Ribeirão Preto
Artur Paes, pai do menino Joaquim Ponte Marques, 3, durante velório em São Joaquim da Barra, na região de Ribeirão Preto

DESCONHECIMENTO

O avô materno de Joaquim, Vicente Ponte, disse à Folha durante o velório do neto, nesta segunda, em São Joaquim da Barra, que, se soubesse que o genro usava drogas, teria levado a criança para morar com ele e a avó na cidade natal da mãe.

"Não sabia que ele usava drogas e não sabia como era o relacionamento deles [Natália e Longo]. Também nunca soube de agressões a Natália", disse Ponte.

O enterro foi acompanhado por 500 pessoas, segundo a PM.

Nesta segunda, ela prestou novo depoimento ao delegado Paulo Henrique Martins de Castro, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), na Seccional de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), cujo conteúdo não foi revelado.

A mãe e o padrasto são os principais suspeitos pela morte, segundo a polícia. Eles negam participação.

Edson Silva/Folhapress
Avó materna do menino Joaquim é amparada por familiares e amigos durante velório do menino, em São Joaquim da Barra
Avó materna do menino Joaquim é amparada por familiares e amigos durante velório do menino, em São Joaquim da Barra
 

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