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Ribeirão Preto

17/11/2013 - 01h58

Casa da família vira ponto de peregrinação na zona norte de Ribeirão

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FELIPE AMORIM
DE RIBEIRÃO PRETO

A casa onde vivia Joaquim Ponte Marques, 3, encontrado morto no rio Pardo no último domingo (10), tornou-se ponto de peregrinação de famílias --muitas acompanhadas dos filhos pequenos-- em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).

A maioria para, tira fotos, lê os cartazes no portão da casa, na rua Brigadeiro Tobias de Aguiar, no Jardim Independência, e observa as flores e brinquedos deixados na calçada como homenagem ao garoto e faz orações.

Questionadas sobre o motivo da visita, as pessoas citam revolta, tristeza e a necessidade de "ver para crer".

"A gente desliga a TV e parece que acabou, mas é real", disse o pintor Arnaldo Magri, 45, que, a pedido da mulher, foi ao local com os filhos gêmeos de um ano e 11 meses.

"Dói tanto que nem acredito", disse a professora de educação física Ádila Calore, 30, acompanhada da filha de três anos. Ela conta que foi a menina quem pediu para visitarem "o Joaquim".

Edson Silva/Folhapress
Crianças depositam brinquedo em frente à casa onde o menino Joaquim morava com a mãe, o padrasto e o irmão de quatro meses
Crianças depositam brinquedo em frente à casa onde o menino Joaquim morava com a mãe, o padrasto e o irmão de quatro meses

A dona de casa Tatiane da Silva, 36, também afirmou que o pedido para a visita partiu do filho de dez anos.

Ela, o filho, o marido, a cunhada e um sobrinho, de 11, cruzaram a cidade desde o bairro Paulo Gomes Romeo para ver a casa onde morou Joaquim. "Fiquei chocada. Quem tem filho sabe como é."

Dali, a família aproveitaria o restante do feriado anteontem para fazer compras.

Em menos de uma hora, a Folha contou 15 adultos e seis crianças no local. Além deles, pessoas em três carros e duas motos pararam para olhar, sem descer dos veículos.

Nos cartazes que tomam a extensão do portão e do muro da casa, mensagens pela pena de morte e clamores de justiça dividem espaço com palavras de carinho a Joaquim --três delas assinadas por crianças.

Henrique, 5, registrou: "Feliz Joaquim [...] espero que esteja bom com o pai do céu".

 

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