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Ribeirão Preto
Sem acordo com SP, MG trará gás de Betim para fábrica em Uberaba
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GISELE BARCELOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE UBERABA (MG)
Nem Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), nem São Carlos (232 km de São Paulo). Sem acordo com o governo paulista para estender o gasoduto até Uberaba, o governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), optou por levar o gás de Betim para a fábrica de amônia da Petrobras na cidade.
A decisão foi anunciada nesta sexta-feira (29) por Anastasia durante visita a Uberaba. Ele veio acompanhado dos presidentes da Cemig, Djalma Bastos de Morais, e da Gasmig, José Carlos de Mattos.
As duas companhias vão encabeçar o processo de captação de recursos para consolidar o projeto, orçado inicialmente em R$ 1,8 bilhão.
O valor é quase quatro vezes maior que uma das alternativas, que era estender o gasoduto a partir de Ribeirão Preto, e quase duas vezes superior à outra proposta, da ligação a partir de São Carlos.
A proposta inicial era investir R$ 500 milhões para trazer o gasoduto de São Paulo para suprir a fábrica da Petrobras. O governo mineiro queria a construção de um ramal de distribuição a partir de Ribeirão Preto.
Porém, o projeto teve parecer desfavorável da ANP (Agência Nacional de Petróleo) e a situação dificultaria o licenciamento. Além disso, a obra dependia de autorização do governo paulista, mas o acordo não avançou.
Outra alternativa analisada foi a construção do gasoduto de transporte de São Carlos até o Triângulo em parceria com a empresa TGBC.
O projeto total previa levar o gás até Brasília, com investimento total de R$ 1 bilhão. A opção foi descartada porque o custo e o prazo de execução seriam maiores.
Perguntado sobre o valor do investimento, Anastasia disse que a obra é estratégica para o desenvolvimento do Estado de Minas Gerais.
Com 457 quilômetros de extensão, o duto mineiro terá capacidade para transportar 3 milhões de metros cúbicos por dia. Além de Uberaba, o trajeto contempla outros municípios da região com potencial para uso do gás natural, como Araxá e Uberlândia.
"É um projeto mais caro, mas ao mesmo tempo é um investimento feito inteiramente dentro do Estado de Minas. Representa uma vantagem estratégica", disse o governador.
O prazo para a conclusão da obra, segundo o tucano, é maio de 2016. O segundo protocolo de intenções assinado neste mês entre o governo de Minas e a estatal petrolífera informa que as operações na fábrica começarão em novembro de 2016. Ainda não há data para iniciar o duto.
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