Museu na região de Ribeirão Preto (SP) conta história do açúcar e álcool
Um dos primeiros engenhos de São Paulo a usar máquinas a vapor na moagem da cana-de-açúcar, o antigo Engenho Central de Pontal (351 km de São Paulo) se transforma, a partir deste sábado (14), no Museu Nacional do Açúcar e do Álcool.
Para a inauguração, prevista para este sábado, prédios e maquinários foram reformados. O espaço também ganhou um acervo de peças de um engenho do Estado de Pernambuco, que foi construído na época do Brasil colonial.
O museu será aberto para visitação pública neste domingo (15). A entrada é gratuita. Neste sábado, a inauguração é apenas para convidados. O novo espaço vai funcionar de terça-feira a domingo, das 10h às 16h.
Os visitantes poderão ver o maquinário da usina a vapor, caldeiras, decantadores e centrífugas usadas na produção de açúcar.
Haverá também peças de engenho do século 16, como as moendas movidas por curso d'água ou tração humana e os pães de açúcar --barris abaulados usados na decantação do caldo da cana.
Edson Silva - 28.ago.13/Folhapress | ||
Engenho Central de Pontal foi transformado em museu; inauguração está prevista para este sábado |
O projeto foi feito pelo Instituto Engenho Central, entidade criada pela família do empresário do setor sucroenergético Maurílio Biagi, que comprou o antigo Engenho Central em 1964. O engenho seguiu produzindo até 1974.
Biagi morreu em 1978, e seu filho, o também empresário Luiz Biagi, decidiu manter o maquinário e as edificações do antigo engenho.
Em 2006, a ideia de montar o museu começou a tomar forma com a criação do instituto, que captou R$ 3,5 milhões por meio da Lei Rouanet e do Proac (Programa Estadual de Ação Cultural).
O Museu do Açúcar e do Álcool está no roteiro do projeto de uma ferrovia turística entre Sertãozinho (333 km de São Paulo) e Pontal.
A linha férrea terá um ponto de parada na antiga estação Francisco Schmidt, na vizinha fazenda Vassoural. O projeto ainda não tem prazo para início das viagens.
O engenho foi montado em 1906 pelo fazendeiro Francisco Schmidt, que havia comprado as terras em 1902. Na época, a antiga Companhia Mogiana de Estradas de Ferro estendeu seus trilhos até o engenho para embarcar a produção de açúcar.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade