MST segue acampado na Prefeitura de Ribeirão Preto, sem previsão de sair
Cerca de 200 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), moradores do assentamento Mário Lago, zona oeste de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), permanecem acampados em frente à prefeitura nesta quarta-feira (23). Não há previsão para o grupo deixar o local.
Nesta terça (22), os sem-terra ocuparam as dependências da prefeitura para reivindicar transporte para o assentamento.
Alguns dormiram no saguão de entrada do Palácio Rio Branco. Segundo a assessoria do município, é a primeira vez que manifestantes pousam no local.
Do lado de fora da prefeitura, a entrada está ocupada por lonas e barracas. Até um fogão foi levado pelos manifestantes para fazer almoço. Eles reivindicam que o município disponibilize transporte coletivo para o assentamento.
O segundo dia de manifestação teve roda de música no paço.
Edson Silva/Folhapress | ||
Integrantes do MST, em acampamento em frente à Prefeitura de Ribeirão Preto |
Segundo a assentada Tassi Barreto, que fala como porta-voz das famílias, não há previsão de quando eles deixarão o local. Existe até a possibilidade que mais gente chegue para protestar.
"Tudo vai depender da prefeitura e se a nossa reivindicação será atendida. Até o momento, só conseguimos a promessa de que o município vai fazer melhorias nas estradas dentro do assentamento, mas quanto ao transporte público, não há nenhuma resposta", disse Barreto.
Para sair do assentamento e realizar atividades comuns, famílias, mães e filhos precisam caminhar ao menos 9 km até o ponto mais próximo e pegar uma van, que faz o transporte até o bairro Ribeirão Verde. De lá, eles contam que pegam ônibus para outras localidades da cidade.
Os manifestantes afirmam ainda que somente um ônibus escolar atende as crianças do assentamento.
Toledo afirmou que neste ano membros da prefeitura prometeram transporte até o assentamento. O município nega.
O secretário da Casa Civil, Luchesi Júnior, afirmou que a administração havia se comprometido somente a buscar alternativas para levar transporte até os assentados.
A manifestação segue sem nenhum incidente. A Guarda Civil Municipal acompanha o protesto.
Em outubro do ano passado, os moradores ocuparam a prefeitura para reivindicar melhorias no assentamento. Uma outra manifestação ocorreu no mês passado.
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