Estácio Uniseb anuncia abertura de curso de medicina em Ribeirão Preto
Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) passará a ter um quarto curso de graduação em medicina, com mensalidade inicial de R$ 5.200.
O centro universitário Estácio Uniseb anunciou nesta terça-feira (29) a abertura do curso para o dia 1º de setembro.
Com isso, a cidade, um dos principais polos educacionais do interior do Estado, passa a ter três instituições privadas de ensino superior que oferecem a carreira.
As 76 vagas previstas pela Estácio no edital do vestibular se somarão às 120 já oferecidas pela Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto) e pelo Centro Universitário Barão de Mauá e às cem ofertadas pela USP, por meio do vestibular da Fuvest.
De acordo com a reitora do centro universitário Estácio Uniseb em Ribeirão, Karina Bizerra, as salas de aula serão equipadas com materiais audiovisuais e há laboratórios para disciplinas como anatomia e histologia.
Além de ter mensalidade equivalente a cerca de sete salários mínimos, a Estácio cobrará inscrição de R$ 450 para a prova de ingresso, marcada para o dia 16 de agosto. As inscrições terminarão três dias antes.
O centro universitário ainda não conta com um hospital-escola para a prática dos seus alunos. Segundo a reitora, há convênios com hospitais regionais.
Edson Silva/Folhapress | ||
A reitora da Estácio Uniseb Karina Bizerra, no centro universitário, em Ribeirão Preto |
"Há projeto para um núcleo de saúde, que inclui um hospital-escola no futuro, mas temos convênio com hospitais da região e unidades básicas de saúde", disse.
Abrir um curso de medicina estava nos planos da Uniseb desde 2011, quando a instituição era comandada pelo empresário Chaim Zaher, que a negociou com a Estácio em setembro do ano passado, por R$ 615,3 milhões.
Ele disse à época que não esperava um tramite rápido, porque o governo federal passou a dificultar a abertura de cursos do tipo.
SEM PLANO
Para o vice-presidente da AMB (Associação Médica Brasileira), Jorge Carlos Machado Curi, o número de cursos na região de Ribeirão Preto é suficiente e o problema dos formandos em medicina é não ter plano de carreira.
"Não é formando mais gente que vai obrigar a pessoa a ir para determinada região. Ele quer ficar onde tem local de trabalho, com condições."
Curi afirmou ainda que a exigência mínima para abertura de cursos de medicina deve passar por etapas que incluem a necessidade social do município.
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