Polícia apura supostas agressões de professora a alunos em Barretos
Uma professora municipal é investigada pela Polícia Civil de Barretos (a 423 km de São Paulo) por supostas agressões e xingamentos contra crianças, de 11 anos, na escola municipal Luiz Parassu Borges, no bairro Jockey Club.
O caso, que aconteceu na última quinta-feira (11), é apurado pela delegada da mulher Gláucia Simões. A ocorrência foi registrada como lesão corporal, injúria, difamação e ameaça.
"A professora surtou", disse uma das mães, a comerciante Andreia Cristina Martins, 40. Segundo ela, o "acesso de ira" da mulher começou quando dois alunos disseram que não estavam conseguindo acompanhar o ditado e pediram para que ela repetisse as palavras.
A professora exigiu que as duas crianças saíssem da sala. Depois, outros alunos disseram que não estavam conseguindo acompanhá-la e ela passou a ofender as crianças, xingando-as de "marginais" e "cavalos".
Ainda nervosa, segundo o relato dos alunos aos pais e à polícia, a professora empurrou seis carteiras em cima das crianças e derrubou materiais escolares no chão. Uma das alunas foi prensada entre a cadeira e a mesa.
Outras duas crianças caíram no chão e um menino ficou com hematoma no braço direito e dores na região peitoral –ele passou por exame de corpo de delito para constatar a agressão, de acordo com a polícia.
O problema, segundo os pais, foi adiante: a professora teria ameaçado os alunos caso eles contassem a seus pais.
"Ela disse que chamaria a ronda escolar para prendê-los", afirmou Andreia.
Terminada a aula, os alunos foram para a quadra, para a prática de esportes. Lá, um professor teria repreendido os alunos novamente. "Ele disse para as crianças que, se a professora fez aquilo com elas, ela tinha razão", afirmou.
Depois, as crianças voltaram à sala de aula para outra disciplina. "A essa altura, estavam tão abaladas que começaram a chorar", disse Andreia. Segundo ela, os alunos contaram à terceira professora o que havia acontecido, e ela os encorajou a relatarem o caso aos pais.
No horário da saída, cerca de dez pais se reuniram com a diretoria. Nesta segunda-feira (15), o Conselho Tutelar esteve na escola e conversou com os alunos, que confirmaram as agressões.
O secretário da Educação, Aparecido Cipriano, afirmou que abriu uma sindicância interna para apurar o que aconteceu. Ainda segundo ele, a professora foi transferida para outra escola.
"A informação que temos é a de que as crianças estavam fazendo bagunça e batendo nas carteiras", disse.
Segundo ele, a pasta nunca havia recebido nenhuma denúncia contra a professora.
"Todos os fatos serão apurados. Queremos ouvir a professora, as crianças, todos os envolvidos", disse.
PORTO FERREIRA
Em Porto Ferreira (a 228 km de São Paulo), a monitora de uma creche pública foi presa na quarta-feira (10) depois de ter sido filmada agredindo crianças.
A prisão dela foi solicitada pela Polícia Civil local, que analisou as imagens. A prefeitura também exonerou do cargo a diretora e a supervisora da unidade. Elas voltaram para o trabalho que haviam sido concursadas.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade