Escritor Menalton Braff lança 2º livro da trilogia "Tempus Fugit"
O escritor Menalton Braff, vencedor do prêmio Jabuti, lança neste mês seu 21º livro, "Pouso do Sossego".
Sequência da trilogia "Tempus Fugit", "Pouso do Sossego" também é o nome da cidade fictícia onde se desenrola a história.
Braff, que mora há 27 anos em Serrana (a 313 km de São Paulo), usa das relações com os moradores locais e das transformações da cidade para se inspirar.
Segundo Braff, a lenta evolução da cidade da região de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) foi o que o motivou a escrever a sequência.
Assim como Lúcia, personagem principal do livro, Braff diz que a rotina da pequena cidade o fascina, mas também o cansa.
Edson Silva - 11.jun.2013/Folhapress | ||
O escritor Menalton Braff, durante participação em evento |
"Depois de publicar o 'Tapete do Silêncio' [primeiro livro da trilogia], fiquei uns cinco meses com a sensação desagradável de que a história continuava e que deveria mostrar a passagem do tempo sobre essa pequena cidade", disse o autor.
"A Lúcia conheceu o mundo e voltou para sua cidadezinha para herdar o poder do pai, que é o homem mais influente do local. Por mais que ela queira sair dali, se sente atraída pelo sentimento de pertencimento naquela pequena cidade", disse.
Braff nasceu em Porto Alegre e morou em São Paulo. Mas foi em 1987 que se mudou para Serrana. "No início, nós [ele e a mulher] adorávamos essa sensação de pertencer a essa grande família que é uma cidade pequena".
"No entanto, aos poucos, a gente percebeu que a interferência das pessoas era muito grande nas nossas vidas", completou Braff.
O autor disse que escrever a trilogia se tornou quase uma obsessão na procura da melhor forma de se escrever. O terceiro livro já está escrito, mas só deve ser lançado no próximo ano.
"Tenho uma preocupação muito grande com a poética ao escrever literatura. Por isso, me disciplino muito e não tenho pressa para escrever, mas são momentos de sofrimento", disse Braff.
Mesmo durante a produção da trilogia, Braff continuou produzindo crônicas semanais, porque permitem uma "irresponsabilidade" maior e dão liberdade ao escritor para ser irônico, disse ele.
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