'Cotas ajudam, mas não criam demanda nova', diz pró-reitor da UFBA
Para Ricardo Miranda, pró-reitor de graduação da UFBA, "as cotas ajudaram a resolver o problema do gargalo entre os alunos de escola pública que tentavam e não passavam. Mas não necessariamente criam demanda nova".
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Outra medida que ajudou a atrair alunos da rede pública para a federal da Bahia foi o lançamento de bacharelados interdisciplinares (BIs), uma espécie de curso preparatório que dura, em média, três anos e mostra diferentes áreas de estudo ao aluno.
Os que concluem o preparatório podem concorrer a 20% das vagas dos cursos tradicionais de graduação da UFBA. A seleção é feita com base no desempenho no BI.
"Políticas afirmativas não fazem tanta diferença. É preciso criar outro tipo de estudo para os alunos com formação fraca", diz Simon Schwartsman, do instituto de pesquisa IETS.
A fatia dos alunos da rede pública que tenta entrar na UFPR (federal do Paraná) não se alterou muito depois da introdução de cotas, em 2005, mas já era majoritária.
Raul von der Heyde, coordenador de concursos da UFPR, crê que uma iniciativa voluntária chamada Eureka, que reforça o ensino dos concluintes do ensino médio, ajuda a explicar a diferença. Para o coordenador da iniciativa, Marlus Geronasso, "ocorreu uma melhora, mas a falta de confiança entre os alunos da rede pública ainda é grande". (ÉRICA FRAGA)
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