Alckmin diz que ampliar números de séries de reprovação tem cunho 'pedagógico'
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta sexta-feira ter cunho "pedagógico" o aumento no número de séries com possibilidade de reprovação no ensino fundamental.
"Precisa ter a questão pedagógica. Não pode ficar cinco anos, para aqueles casos que são necessários, ficar sem reprovação", disse Alckmin.
Conforme a Folha antecipou na edição desta sexta-feira, a reprovação passará ser possível em três das nove séries do ensino fundamental (3º, 6º e 9º anos), ante duas séries atualmente (5º e 9º).
Há três meses, o prefeito Fernando Haddad (PT) decidiu aumentar de dois para cinco o número de séries com possibilidade de reprovação.
Com a alteração, os tucanos podem neutralizar nas eleições de 2014 o discurso dos petistas de que acabaram com a aprovação automática -nome pejorativo do sistema que prevê reprovação apenas ao final de um ciclo, não ao término de cada série.
Parte dos pais e dos professores entende que a má qualidade do ensino público ocorre principalmente porque os alunos "passam sem saber". Os docentes em especial reclamam que perderam a autoridade nas aulas.
O modelo, porém, foi implementado sob a premissa de que cada aluno tem um ritmo de aprendizagem. Além disso, pesquisas mostram que o estudante que reprova tem mais chances de desistir da escola no curto prazo.
O governo anunciou também que a avaliação aplicada nas escolas, cuja indicação anterior era que fosse semestral, agora passa a ser bimestral. A ideia é identificar os alunos com dificuldades que precisarão de recuperação.
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