Tribunal de Contas critica situação do campus leste da USP
Além de considerar ilegais as remunerações na USP, o Tribunal de Contas também criticou a condução que a universidade fez dos problemas do seu campus na zona leste.
A unidade foi construída em terreno contaminado e, segundo a Justiça, não foram tomadas medidas necessárias para atenuar o problema. O campus está interditado.
O Tribunal de Contas afirma que em suas investigações surgiram indícios de que 18 pessoas que trabalharam na terraplanagem da unidade sofreram contaminação -não é especificado de que tipo.
O tribunal aponta que, apesar de se saber desde 2004 que a área é contaminada e que precisaria de ações como instalação de dutos de extração de gases, a USP fez contratos sem licitação em 2011 e em 2014 para as ações, alegando situação emergencial.
O órgão de controle destaca ainda que, em 2011, cerca de seis mil caminhões despejaram mais terra contaminada no local, informação revelada pela Folha à época.
O diretor da unidade era José Jorge Boueri Filho, também citado como um dos docentes que ganhava acima do teto -e que não foi localizado ontem pela reportagem para comentar as críticas do tribunal.
Os problemas da USP Leste foram citados pelo tribunal para sustentar a irregularidade nas contas da USP. "De 2004 a 2014, os problemas só aumentaram", diz no processo o relator, Dimas Ramalho.
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