Aulas serão retomadas na próxima segunda, informa USP
A USP afirma que só 10% dos funcionários aderiram à paralisação e que as aulas do segundo semestre serão iniciadas normalmente nesta segunda-feira (4). A Unicamp diz que a greve afeta apenas 15% de suas atividades. Sindicatos de servidores apontam adesão bem maior.
Segundo o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), 80% dos servidores cruzaram os braços, mantendo só alguns serviços essenciais.
A Adunicamp (associação de professores da Unicamp) estima em 60% os docentes parados e o STU (sindicato dos trabalhadores), em 65%.
As conversas entre o Cruesp (Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo) e funcionários de USP, Unicamp e Unesp –esta também enfrenta paralisação– devem continuar emperradas até a rodada de negociações, em 3 de setembro.
Os grevistas pedem aumento salarial de 9,78%. Mas as universidades dizem que não podem conceder reajuste.
Em nota, o Cruesp informou que o comprometimento dos orçamentos com a folha de pagamento ultrapassa 90%, "nível acima do recomendado para uma gestão responsável" –na USP, chega a 104%.
Unicamp e Unesp descartaram a medida adotada pela USP, de descontar os dias parados do salário dos grevistas.
OUTROS PONTOS
A questão salarial é negociada exclusivamente pelo Cruesp. Unicamp e Unesp têm tentado melhorar a negociação oferecendo outros pontos.
Ambas propuseram igualar o vale-alimentação de seus funcionários aos valores pagos pela USP e discutir a isonomia salarial entre as três instituições estaduais.
A Unicamp agendou nova reunião com a Adunicamp (sindicato dos professores) para esta quinta-feira (31).
O Cruesp diz que "as três universidades respeitam o direito de greve, assegurado na Constituição Federal, mas também têm providenciado medidas legais para garantir a normalidade das atividades de ensino na universidade".
Assim como a USP, a Unesp obteve na Justiça uma liminar (decisão provisória) para impedir que manifestantes façam piquetes e fechem os acessos a prédios das universidades. A multa por descumprimento é de R$ 10 mil por dia. A universidade anunciou que cortará o ponto dos grevistas.
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