Candidatos respondem a 16 questões dissertativas da Fuvest nesta segunda
Os estudantes realizam nesta segunda-feira (5) o segundo dia de prova da segunda fase da Fuvest. Eles disputam 11.177 vagas: 11.057 na USP (Universidade de São Paulo) e 120 no curso de medicina da Santa Casa.
Os candidatos responderão a 16 questões dissertativas de história, geografia, matemática, física, química, biologia e inglês, além de questões Interdisciplinares, todas com igual valor. A prova vale 100 pontos e é obrigatória para todos os candidatos.
Os portões serão abertos às 12h30 e fecham às 13h. As provas têm quatro horas de duração e o estudante só poderá sair do local a partir das 15h. Os candidatos realizam o exame em 47 locais, sendo 22 na região metropolitana de São Paulo e 25 no interior do Estado. Confira aqui os locais de prova.
Ao todo, 29.698 candidatos foram convocados para realizar a segunda fase do vestibular. Desse total, 1.957 são treineiros. A USP oferece 249 cursos de graduação distribuídos em oito campi no Estado de São Paulo, nas cidades de Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto, Santos, São Carlos e São Paulo.
A última prova desta etapa acontece nesta terça-feira (6) e terá 12 questões dissertativas, mas o conteúdo varia de acordo com a carreira escolhida pelo candidato, e pode abordar entre duas e três disciplinas.
As provas de habilidades específicas (artes cênicas, música - Ribeirão Preto, audiovisual, arquitetura - São Paulo, arquitetura - São Carlos e design) serão realizadas a partir do dia 7 de janeiro de 2015. Para mais informações, os estudantes devem consultar a página 2 do manual do candidato.
A primeira chamada dos aprovados será feita no dia 31 de janeiro de 2015. A partir desta data, o candidato poderá ter acesso ao seu desempenho no vestibular no site da Fuvest.
SEGUNDA FASE
Neste domingo (4), os candidatos realizaram a primeira prova da segunda fase da Fuvest. No primeiro dia, todos os candidatos responderam a dez questões de português e realizaram uma redação. O índice de abstenção foi de 8,1% (2.412 ausentes). No total, a Fuvest havia convocado para esta etapa final 29.698 candidatos.
Segundo professores ouvidos pela Folha, foi uma prova "quase temática" e sem surpresas. Para Luis Ricardo Arruda, coordenador do cursinho Anglo, as questões de português cobraram mais interpretação do que gramática. "Mesmo as questões de gramática não cobraram o conhecimento tradicional. Era preciso ter domínio não só do código, mas também do aspecto cultural"
Já o professor Nelson Dutra, do Objetivo, as questões de literatura foram as que tiveram o maior nível de dificuldade para os alunos. "As perguntas exigiam conhecimento dos temas de humanidades, além de uma leitura efetiva das obras".
Lalo de Almeida/Folhapress | ||
Candidatos procuram a sala da prova do prédio da Poli, na USP, onde prestam a 2ª fase da Fuvest |
O tema da redação foi a "camarotização da sociedade", expressão usada para descrever o fato de as pessoas poderem pagar para terem privilégios em jogos ou em outros serviços. Segundo o enunciado do exame, a possibilidade cria "tendência a manter segregados os diferentes estratos sociais".
Um dos textos de apoio cita como exemplo os estádios, onde antes ricos e pobres se sentavam juntos, e agora há os camarotes especiais. Outro fala das escolas públicas, em que "classes sociais diferentes" conviviam.
Não foi a primeira vez que a Fuvest usou uma palavra nova como base para a sua redação. Há dez anos, o assunto havia sido a "descatracalização" da vida.
Na prova deste domingo, temas éticos e sociais estiveram presentes também nas questões discursivas de português e literatura. Uma delas abordava um sem-teto no centro de São Paulo que dormia em cima de um ponto de ônibus, onde se via publicidade que mencionava palavras como conforto e beleza.
Professores dos cursinhos Anglo, Etapa, Oficina do Estudante e Objetivo afirmam que a Fuvest já havia anteriormente colocado como enfoque questões éticas e sociais. E a presença desses temas nas perguntas discursivas faz com que o candidato não se assuste ao chegar à redação.
CONCORRÊNCIA
A nota de corte mais alta do vestibular deste ano foi para o curso de medicina com 72 pontos, seguido pelo curso de medicina em Ribeirão Preto (70), engenharia aeronáutica em São Carlos (68), engenharia civil em São Carlos (62) e engenharia na Escola Politécnica (61). Confira aqui a relação completa das notas de corte.
Entre os treineiros, a nota de corte para humanas foi de 49, biológicas, 50, e exatas, 52.
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