Professores do DF paralisam contra o parcelamento de benefícios atrasados
Os professores da rede pública do Distrito Federal decidiram nesta segunda-feira (23) fazer uma paralisação até a próxima sexta (27) contra o atraso de benefícios como abono de férias e décimo terceiro. Segundo o governo do DF, a paralisação afeta 470 mil alunos.
A categoria, que fez uma assembleia na praça em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo local, não concorda com o parcelamento dos atrasados, a serem pagos até junho, como foi definido pelo governador Rodrigo Rollemberg. No início da tarde, os professores fecharam o Eixo Monumental, uma das principais vias de Brasília, em protesto.
Segundo o Sinpro-DF (Sindicato dos Professores do Distrito Federal), está previsto para a próxima sexta-feira uma reunião com o governo do DF. Em seguida, a categoria fará nova assembleia para decidir se retoma as atividades ou mantém a paralisação. A rede pública tem 27 mil professores, de acordo com o governo.
Antonio Cruz/Agência Brasil | ||
Professores do DF fazem paralisação no primeiro dia de aula, em frente ao Palácio do Buriti |
A falta de recursos do governo do Distrito Federal teria provocado o atraso dos benefícios e a equipe do governador Rodrigo Rollemberg, que assumiu o cargo no em substituição a Agnelo Queiroz, propôs o parcelamento dos pagamentos. Os professores, no entanto, não querem esperar para receber os valores devidos.
Procurada, a Secretaria de Educação ainda não se manifestou. Pouco antes da aprovação da paralisação Rollemberg tinha a expectativa que os professores retornassem ao trabalho nesta terça-feira (24).
"Nós temos um conjunto de secretários que estão dialogando com os professores, desde o início do governo. A nossa expectativa é que amanhã possa ter um retorno normal às aulas e estamos fazendo todo esforço possível para que o mais rápido possamos pagar os atrasados que herdamos do governo anterior".
Segundo o atual governo, a gestão de Agnelo Queiroz deixou uma dívida de cerca de R$ 3 bilhões. Já o caixa estaria com apenas R$ 64 mil, no início do governo.
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