Cidades do CE têm maior oportunidade educacional, aponta estudo
As cidades cearenses Sobral, Groaíras e Porteiras foram as mais bem classificadas no ranking do Ioeb (Índice de Oportunidade da Educação Brasileira) apresentado nesta quarta-feira (7). Essa é a primeira edição do estudo e foi feito com base em dados de 2013.
Para a elaboração do ranking foram analisados resultados educacionais (resultado no Ideb e taxa líquida de matrículas), os insumos educacionais (escolaridade de professores, número médio de horas-aula/dia, experiência dos diretores e taxa de atendimento na educação infantil) e antecedentes educacionais (escolaridade média dos pais).
Com base nesses dados, o estudo chegou a uma nota média nacional de 4,5 (numa escala de 1 a 10). As cidades mais bem classificadas tiveram notas: 6,1 (Sobral), 5,9 (Groaíras) e 5,9 (Porteiras). As duas segundas aparecem com a mesma nota por conta de arredondamentos, aponta um dos pesquisadores.
Ranking de oportunidades educacionais
Apesar da boa colocação do Ceará, São Paulo é o Estado com mais cidades entre as 25 melhores. Ao todo, estão no ranking dez municípios paulistas, seguido por Minas (6), Ceará (4), Rio Grande do Sul (2), Santa Catarina (2) e Paraná (1).
Os municípios piores colocados são: Conceição do Lago-Açu (MA), Primeira Cruz (MA) e Caldeirão Grande (BA). Apenas 36 cidades brasileiras não tiveram nota final por não terem feito a Prova Brasil ou por terem sido criadas recentemente. Ao todo, 5.245 foram avaliadas.
Já o ranking dos Estados tem em destaque: São Paulo, Minas e Santa Catarina, respectivamente.
Entre as capitais, São Paulo é a mais bem colocada, com a nota 4,8, embora sua colocação seja a 1.387º na classificação dos municípios. Outras capitais de destaque são: Curitiba (4,8), Belo Horizonte (4,8) e Palmas (4,7). As três piores são: Macapá (3,6), Salvador (3,6) e Belém (3,5).
O estudo foi desenvolvido pelo CLP (Centro de Liderança Pública), com apoio do Instituto Península, da Fundação Roberto Marinho e da Fundação Lemann, e avaliou dados da educação infantil, fundamental e do ensino médio, tanto das redes públicas como das privadas.
O ranking se diferencia de outras avaliações por focar em cidades e Estados e não em redes municipais e estaduais, além de incluir jovens em idade escolar que não estão na escola, aponta o estudo. "Por essa lógica, jovens fora da escola não são de responsabilidade de ninguém, uma vez que eles não pertencem a nenhuma rede", afirma.
Além disso, "pode incentivar que municípios prefiram ter uma rede pequena e de alta qualidade. Isso porque um município que possui uma rede de ensino com alto desempenho é visto como possuindo uma boa gestão educacional, ainda que a maioria dos estudantes do município esteja em uma escola da rede estadual".
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