Planejamento evita aperto no orçamento na hora de pagar uma pós
O planejamento financeiro é peça-chave para evitar que a pós-graduação vire um problema no orçamento.
O primeiro passo, recomendam especialistas, é fazer as contas de ganhos e gastos mensais e verificar se há verba para uma parcela média de R$ 1.500.
Caso o valor vá comprometer despesas básicas, o passo seguinte é estudar alternativas para juntar o dinheiro.
Se a especialização é um projeto adiável, uma saída é fazer uma poupança durante um ou dois anos.
Modalidade dos curso de pós-graduação
"Aplicar o dinheiro economizado em fundos de renda fixa atrelados à inflação garante rendimentos melhores que os da poupança para o período de 12 a 18 meses", diz Conrado Navarro, consultor financeiro e fundador do site Dinheirama.
A maioria das faculdades, como é o caso de Insper, PUC-SP e Ibmec, dá descontos que vão de 5% a 15% ao aluno que paga o curso à vista ou que quita um semestre inteiro de uma só vez.
Segundo Navarro, a porcentagem é vantajosa. Para quem não tem dinheiro em mãos, ele recomenda avaliar se vale a pena desfazer-se de um bem para conseguir um desconto interessante.
"Tudo depende da prioridade do profissional. Se ele puder vender um carro e pagar a dívida, ou pelo menos uma grande parte dela, vai valer a pena", diz.
Isso porque os juros médios para o financiamento de um automóvel (2%) são menores do que a taxa sobre um empréstimo pessoal, em torno de 6% ao mês.
FAZER AS CONTAS
Vender o carro foi a opção do analista Mateus Trindade, 28, para quitar 70% dos R$ 30 mil que pagou pelo MBA em marketing digital na FGV (Fundação Getulio Vargas).
O restante foi parcelado na universidade, em 25 meses.
Mesmo com a maior parte paga, o publicitário teve que adaptar seu orçamento.
"Fiz muita economia enquanto estudava. Tive que rever o uso do dinheiro para todos os meus gastos de rotina", afirma Trindade.
Negociar o pagamento diretamente com a instituição, como fez o publicitário, pode ser a melhor alternativa.
Algumas faculdades, como a ESPM e a FGV, oferecem parcelamento superior à duração do curso. Em média, os juros são de 1% a 2,5% ao mês.
Segundo a ESPM, cerca de 70% dos alunos optam pelo pagamento em 30 vezes.
Nos bancos privados, não há linhas subsidiadas especificamente para financiar a pós-graduação.
Os programas de crédito estudantil costumam cobrar taxas percentuais semelhantes às de um empréstimo tradicional, e é preciso ser correntista da instituição.
Dessa maneira, um aluno que contratar o financiamento para pós-graduação ou MBA acaba pagando aos bancos quase três vezes o valor do empréstimo.
NA PONTA DO LÁPIS
Cofrinho
Planeje com ao menos um ano de antecedência como fazer uma reserva para pagar o curso
Vende-se
Considere desfazer-se de bens, como um carro, já que o financiamento de um veículo tem taxas mais atrativas que de empréstimos
Ajuda
Instituições públicas e privadas oferecem bolsas de estudo. Informe-se na faculdade sobre as opções e os pré-requisitos para consegui-la
Juros
Fuja dos financiamentos bancários, já que não há taxas subsidiadas para pós-graduação. Negociar direto com as universidades pode render condições melhores
Livraria da Folha
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