Professores estaduais de SP fazem paralisação nesta sexta-feira
Profissionais da Educação do Estado de São Paulo fazem nesta sexta-feira (29) paralisação e dois atos contra a política salarial do governo Geraldo Alckmin (PSDB). A Apeoesp, uma das cinco entidades sindicais que organizam as manifestações, pode decretar greve hoje.
A categoria exige reajuste. O último aumento foi no meio do ano de 2014. Os professores pedem a recomposição da inflação do período, de 16,6%, segundo o IPCA. Até agora, o governo não sinalizou com uma possibilidade de reajuste.
Diego Padgurschi/Folhapress | ||
Confusão em manifestação de professores estaduais de SP e estudantes na praça Roosevelt |
Maior sindicato da rede, a Apeoesp convocou assembleia para as 14h na avenida Paulista. Os outros sindicatos se reúnem na praça da República, às 15h, para debater a mobilização e, segundo os dirigentes, definir um calendário de uma possível greve. A última vez que as entidades se unificaram para uma paralisação foi em 2010.
A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, a Bebel, diz que o secretário José Renato Nalini pediu para discutir o reajuste no dia 24 de maio. "A categoria está indignada e parte dos professores acha que a greve é a saída agora", diz. "Mas há quem prefira aguardar, vamos discutir com a base".
Francisco Poli, da Udemo (sindicato dos diretores de escolas), diz que o aumento vai depender de Alckmin. "A palavra final é do governador. E aí não estamos sentindo sensibilidade". "A insatisfação é muito grande e, no caso dos diretores, eles precisam absorver todos os problemas da rede, como merenda, falta de impressora, e professores."
REIVINDICAÇÕES
16,6% é o reajuste pedido pela categoria, para repor a inflação desde jul.2014, data do último aumento (7%)
Outras exigências:
- Redução do número de alunos por sala
- Interrupção do fechamento de salas
- Abertura de concurso para diretores
R$ 2.415,89 é o piso salarial dos professores de São Paulo com 40 horas de carga horária
259 mil é o total de profissionais da Educação na rede estadual de SP; são 3,5 milhões de alunos
-49% é a diferença entre o piso salarial de um professor em SP e a média de um profissional com nível superior
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