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08/04/2010 - 19h31

Terceiro setor é um arquipélago com ilhas isoladas

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SILVIA DE MOURA
ENVIADA ESPECIAL AO RIO DE JANEIRO

O terceiro setor é um arquipélago com diversas ilhas que não se comunicam entre si. Foi dessa maneira que Brandford Smith, da Foundation Center (EUA), definiu a atuação de instituições e fundações durante a primeira plenária do 6º Congresso Gife sobre o Investimento Social Privado. O evento está sendo realizado no Rio de Janeiro e termina amanhã (9).

Brandford lembrou que as entidades possuem um rico material de informações, mas ainda há um caminho para que essas informações produzam "saber". "É muito difícil conseguir informações de institutos e fundações [ainda que eles as tenham]", afirmou.

Sergio Amoroso, da Fundação Orsa, corroborou a opinião de Brandford: "é uma dificuldade terrível fazer algo junto". Hugo Barreto, da Fundação Roberto Marinho, disse que é preciso "construir pontes entre as diferentes ilhas" e que as instituições precisam abrir suas agendas com transparência.

Na introdução à plenária Visão ISP 2020, o secretário-geral do Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), Fernando Rossetti, comentou sobre os primeiros registros da quinta edição do Censo da entidade sobre investimento social privado no Brasil. O documento reúne dados do último biênio (2007-2009) e mostra que, ainda em 2010, o setor prevê investir mais de R$ 2 milhões no país, registrando um crescimento de 6,23% sobre 2009.

De acordo com o Censo, a educação ainda permanece como o principal setor que recebeu mais recursos no período. O estudo teve a parceria do Ibope Inteligência/Instituto Paulo Montenegro e do Instituto Itaú Cultural.
A relação entre o investimento social privado e a crise financeira, deflagrada no final de 2008, sofreu pouco impacto. No ano passado, os investimentos tiveram uma redução de 6% em relação ao ano anterior.

"Vivemos na época da reorganização de ambientes, que favorecem o crescimento da sociedade civil. O terceiro setor triplicou de tamanho, e as empresas cada vez mais têm alinhado seus interesses corporativos com as ações sociais", afirmou Rossetti.

Rossetti definiu três eixos para atuação do investimento social privado na visão para 2020: relevância e legitimidade (ter boa gestão, governança, impacto, articulação e comunicação); abrangência (temática, geográfica, segmento populacional e estratégia de ação); e diversidade de investimentos (comunitário empresarial, familiar, independete e individual).

Já Maria Alice Setubal, da Fundação Tide Setubal, elencou três desafios: construir um Estado forte, democrático e participativo; construir uma sociedade civil empoderada; e fortalecimento da institucionalidade da sociedade civil.

"Não é um projeto rápido para constar em balanço de final de ano. Teremos de nos adaptar, teremos de ouvir o outro", disse, sinalizando que o terceiro setor deve deixar de agir como ilhas isoladas de um mesmo arquipélago.


 
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