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Cultura é poderoso canal de impacto social, afirmam empreendedores sociais
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CÁSSIO AOQUI
PATRICIA TRUDES DA VEIGA
ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO
Reprodução |
Comida, música, literatura, fotografia, cinema. O que essas palavras têm em comum além serem elementos relacionados à cultura de um grupo, comunidade, povo ou país? A resposta se resume a uma palavra: transformação.
É nesses elementos que diversos empreendedores sociais de toda a América Latina encontram uma poderosa ferramenta para melhorar a vida de pessoas até então marginalizadas ou excluídas da sociedade.
Também foi a cultura a razão do encontro entre os dois primeiros vencedores dos prêmios Empreendedor Social e Empreendedor Social de Futuro: o medico paulistano Eugênio Scannavino Neto (2005) e David Hertz (2009), respectivamente.
Marlene Peret - 03.dez.2005/Folhapress |
Scannavino Neto examina criança em Santarém (PA) |
Ambos foram convidados pela Fundação Schwab para o papel de painelistas na sessão "Impacto social por meio da cultura", na tarde da quinta-feira (27), no Fórum Econômico Mundial para a América Latina, no Rio de Janeiro.
Ao lado de Rodrigo Mendes, do Instituto Rodrigo Mendes, da empreendedora social chilena Verônica Abud, da Fundación La Fuente, e do produtor americano Mark Johnson, fundador da Playing for Change, Eugênio e David abordaram como iniciativas culturais transformam comunidades, unindo pessoas e gerando renda.
Para Eugênio, mentor da ONG Saúde e Alegria, que mescla saúde e cultura nas comunidades ribeirinhas da Amazônia, a chegada da cultura global não é uma ameaça aos jovens locais.
"Ao contrário. Quando chegamos, os jovens queriam se urbanizar. Assim que tiveram acesso a internet, TV, rádio, passaram a resgatar a cultura local e viraram agentes de recuperação cultural. Viram que têm uma cultura e um ambiente legal, em comparação com outros lugares. Se globalizaram sem perder a identidade", relata Eugênio, que descreve cultura como "a identidade do homem em seu ambiente".
O chef David Hertz, que pilota a Associação Gastromotiva, com foco em geração de negócios, trabalho e renda por meio da gastronomia, também ressaltou a importância da identidade no contexto da transformação social. "É importante entender que a comida é a nossa identidade. Trabalhamos em grande parte com jovens de favelas, mostrando que eles têm direito a se apropriar da gastronomia, de sua cultura."
Renato Stockler/Na Lata |
David Hertz na Gastromotiva |
EX-CÉTICO
O painel foi moderado pelo presidente da Fundação Avina, Brizio Biondi-Morra, que admitiu para a plateia, composta de grandes executivos, que ele próprio já fora cético em relação ao poder de transformação social por meio da cultura.
"Eu era do setor privado. Quando fui a uma favela no Rio pela primeira vez, estava com seis guarda-costas. Foi então que fui apresentado a uma nova realidade. De pessoas que já haviam sido feridas e maltratadas de todas as formas possíveis, mas que tinham conseguido se transformar. Por meio da cultura, dos livros, da comida, da música, é possível atingir a parte mais profunda das pessoas e assim que a mudança, aparentemente impossível, começa."
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