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Viviane Senna

Quem é ela?

Viviane Senna, 48 anos, paulista, viúva, três filhos. Psicóloga, especializada na área junguiana. Lidera o Instituto Ayrton Senna, cuja meta é melhorar o rendimento escolar.

Atua em todo o país. São 80 funcionários

* Dados de 2005

Criado em 1994, é uma organização sem fins lucrativos mantida pelos royalties dos contratos de imagem do piloto Ayrton Senna, da marca Senna e do personagem Senninha

Seu orçamento em 2005 é de cerca de R$ 20 milhões

Média de 482 mil beneficiários diretos por ano

www.senna.org.br

Ao lado da fama, psicóloga estimula potencial do país

Entidade que nasceu em 1994 pelas mãos da irmã do piloto Ayrton Senna desenvolve, aplica e multiplica tecnologias sociais que ensinam a transformar sonhos em realidade

BRUNO LIMA
da Folha de S.Paulo

"Você é famosa?", pergunta uma criança. "Não, meu irmão é que é", responde Viviane Senna, 48, psicóloga e empreendedora.

Não é verdade. As pessoas falam dela. Falam muito, mas não a conhecem. Só o que se sabe de Viviane é que ela tem dinheiro, que é irmã de Ayrton e que não passa seus dias entregue a futilidades. Mas o que exatamente faz essa mulher ninguém sabe dizer.

É fácil falar que ela faz porque é rica. Muitos têm dinheiro. É óbvio dizer que para ela tudo é mais simples, já que o sobrenome Senna é uma engenhosa chave mestra. É verdade, mas de nada vale um sobrenome sem um sonho.

O sonho é o que Ayrton lhe assoprou dois meses antes de morrer, mas que já era dela. É também uma angústia forte, intensa, que vem da certeza de que é possível mudar. No país, Viviane enxerga o potencial que vê nas crianças.

"Com tudo o que o país tem e é, é inaceitável que não possa dar certo. Temos 500 anos não dando certo. Isso é responsabilidade nossa. Fomos uma elite irresponsável, focada nos próprios interesses, de costas para o Brasil, voltada para a Europa e para os EUA."

O desavisado pode se surpreender: Viviane Senna não é uma dondoca. "Nunca tive tempo para ser", diz. "Ter dinheiro não torna a coisa fácil, não significa nada. O governo, por exemplo, tem muito dinheiro. O problema é o que se faz com isso. Eu poderia sentar dez minutos por semana e assinar um monte de cheques, distribuí-los por instituições. Depois, iria passear no shopping, esquiar nos Alpes. Dez minutos. Mas não acredito que isso ajude."

Os gestos delicados e os olhos expressivos (marejados quando falam de sonhos) revelam uma firmeza impressionante. Tudo em Viviane é refletido, é pensado, mas não é por falta de espontaneidade. Há nela uma necessidade de tomar as rédeas de tudo -pelo menos, do que é possível tomar.

O acidente que matou Ayrton em 1994 mudou a vida da psicóloga introvertida. Tirou-a de seu cantinho seguro, no qual se refugiava desde os tempos de pequena, do colégio de freiras em São Paulo. Naquele mesmo ano, fundou o Instituto Ayrton Senna.

Dois anos depois, ficou viúva. Mãe de três filhos, manteve o ritmo alucinante de trabalho que a faz se esquecer de si mesma. A tarefa que ela própria se impôs é árdua: é de atacado, não de varejo.

O instituto é como Viviane. Só o que se sabe dele é que beneficia muitas crianças e adolescentes. O que ele faz de fato ninguém sabe.

A entidade fabrica tecnologias sociais, estratégias para desenvolver o potencial das pessoas. O esporte, a arte e a informática são instrumentos para o mesmo fim: ensinar a sonhar, e a fazer os sonhos se tornarem realidade.

As tecnologias desenvolvem competências pessoais (ter projeto de vida, auto-estima), sociais (aprender a ouvir o outro, respeitar limites, regras e diferenças), cognitivas (ler, fazer cálculo, transformar informações em conhecimento) e produtivas (saber gerenciar, planejar, organizar-se para o mundo do trabalho).

"O Brasil jamais vai esquecer o Ayrton Senna. E dela [Viviane] vai ser difícil eu me esquecer", diz Thiago Britto, 15, sobre uma mulher que ele mal conhece, que só viu uma vez. A verdade é que ele sabe o que ela faz. E é só essa fama que interessa a Viviane.

 
Patrocínio: Coca-Cola Brasil e Portal da Indústria; Transportadora Oficial: LATAM; Parceria Estratégica: UOL, ESPM, Insper e Fundação Dom Cabral
 

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