Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
Maria Tereza Leal

Quem é ele?

Maria Tereza Leal, 49 anos, Socióloga, solteira, não tem filhos, nasceu no Rio de Janeiro (RJ)

* Dados de 2006

Fundadora, em 1987, da Coopa-Roca (Cooperativa de Trabalho Artesanal e de Costura da Rocinha), em que cem artesãs da favela da Rocinha (RJ) produzem artigos para alta-costura, comercializados por grifes brasileiras

Beneficiários diretos: 100 artesãs

Orçamento em 2005: R$ 453 mil (47% de vendas e 53% de doações e parcerias)

Com artesãs, socióloga tece renda na Rocinha

Cooperativa abastece a alta-costura nacional e a estrangeira

ANDRESSA ROVANI
da Folha de S.Paulo

Do alto de um dos morros cariocas mais conhecidos do país, uma socióloga observa o mundo. Apesar de ter a seus pés uma das mais cobiçadas paisagens brasileiras, é para dentro da favela que ela se volta.

E seus olhos, diz ela, "são enormes". "Quando eu tinha seis, sete anos, era freqüente faltar água no Rio. Então eu ia com meu pai a uma fonte próxima da Rocinha. Me encantei com o lugar", conta Maria Teresa Leal, a Tetê, 49. E o lugar se encantou com ela, pois logo a acolheu e lhe deu confiança.

Se foi a deficiência no abastecimento de água da década de 60 que apresentou uma à outra, foi Paulo Freire quem as uniu, literalmente. "Quando li seus textos, vi que o que eu queria fazer teria de ser naquele momento. Era a hora da virada", lembra Tetê, que, já estudante de ciências sociais, trocou as aulas que dava em Ipanema pelo voluntariado na favela.

São 19 anos à frente da Coopa-Roca, cooperativa na qual cem artesãs da favela da Rocinha mostram técnicas artesanais para abastecer a alta-costura nacional e a estrangeira.

"Deus e o diabo"

"Sou a linha de frente, monto estratégias, busco parceiros e eventos para dar visibilidade para a Coopa-Roca", conta. Se suas tarefas estão bem definidas, a forma como é vista pelas próprias cooperadas é flutuante: "Sou deus e diabo. Se, de um lado, articulo o grupo, do outro, sou eu quem fala: 'Não está certo, refaça'. Fico transitando no imaginário delas, mas acho saudável", afirma, rindo.

"Quando a artesã entende o sistema de cooperativa como um todo, compreende o papel dela. Sem isso, não conseguimos trabalhar prazos, escala e excelência. Na qualidade dessa relação se constrói o sucesso institucional e produtivo", diz.

Hoje, o maior desafio de Tetê é delegar a aprovação dos protótipos que serão feitos pela cooperativa -que, por serem os grandes desencadeadores do negócio, convencem e conquistam o parceiro. "Estética não é algo que se constrói de uma hora para outra. É preciso lapidá-la, não gostaria de ter alguém de fora da Rocinha fazendo isso." Para treinar o olhar, as cooperadas visitam exposições e traçam novas referências.

Parte do sucesso Tetê espera ver realizada em breve. "Um sonho meu é que Karen Nicol, do Royal College of Art, a papisa do bordado na Inglaterra, venha para cá. Trará muito conhecimento técnico para as artesãs. Queremos virar um centro de excelência internacional em técnicas artesanais."

 
Patrocínio: Coca-Cola Brasil e Portal da Indústria; Transportadora Oficial: LATAM; Parceria Estratégica: UOL, ESPM, Insper e Fundação Dom Cabral
 

As Últimas que Você não Leu

  1.  

  • Realização
  • Patrocínio
    • CNI
    • Vale
  • Parceria Estratégica
  • Parceria Institucional
  • Divulgação
    • Aiesec
    • Agora
    • Brasil Júnior
    • Envolverde
    • Endeavor
    • Ideia
    • Make Sense
    • Aspen
    • Semana Global de Empreendedorismo
    • Sistema B
    • Avina

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página