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Flavio Pimenta

Quem é ele?

Flavio Pimenta, 49 anos, Músico, divorciado, tem uma filha, nasceu em São Paulo (SP)

* Dados de 2007

Criada em 1996, a Associação Meninos do Morumbi atua na formação musical de jovens e oferece terapia familiar, programas de prevenção e saúde e aulas de inglês e informática

Beneficiários diretos: 4.000 crianças e jovens já fizeram parte dos Meninos do Morumbi

Orçamento em 2006: R$ 1,77 mi (50% de venda de produtos e serviços e 50% de parcerias com os setores público e privado)

www.meninosdomorumbi.org.br

Músico afina jovens para compor destino

Tocando com seus meninos e meninas, ele divide as responsabilidades para transformá-los em protagonistas

BRUNA MARTINS FONTES
EDITORA-ASSISTENTE DE SUPLEMENTOS

Como bom artista, o percussionista Flavio Pimenta, 49, declara-se movido a paixão. E sempre embala no ritmo de uma para compor sua história.

Foi assim com a música. O menino que tocava corneta na fanfarra da escola primária se interessou pela bateria, e o flerte com baquetas logo virou caso sério. Aos dez anos começou a estudar percussão erudita.

Sob o olhar desconfiado dos pais, equilibrava-se entre as tarefas da escola e as das bandas -aos 12 já gravava profissionalmente e, aos 14, caía na estrada. Para comprar a bateria, foi trabalhar como office-boy.

Afinada a carreira de baterista, passou os anos 70 tocando em bares e gravando. Após o nascimento da filha, em 1981, passou a dar aulas em conservatórios, montou escola de música e estúdio de gravação, fez trilhas e vinhetas publicitárias. Tudo para comprar uma casa.

Um dia o combustível acabou. Em meados da década de 90, separado da mulher e desanimado com as perspectivas de sua carreira, ele decidiu sair do país rumo aos Estados Unidos. "Sozinho, comecei a ficar muito triste aqui. Faltava uma razão para continuar, um sonho."

Foi uma cena familiar que o fez mudar os planos. Caminhando pelo Morumbi, bairro nobre na zona oeste de São Paulo, avistou meninos à toa na praça Vinicius de Moraes e perguntou se não queriam formar uma banda com ele.

Desconfiados, os meninos foram. Voltaram. E trouxeram amigos. Como diz Flavio, "uma pessoa sozinha, em percussão, não faz o verão". Como já não cabia na casa, o bloco foi ensaiar na rua. "Acabei me apaixonando. Você só sabe o quanto é forte quando, com o que possui, transforma o outro."

Sonho coletivo

Os vizinhos não gostaram nada da história: chamavam a polícia e jogavam ovos. E Flavio distribuía cada vez mais instrumentos: "Dizia que íamos ter prédio, computador, tocar fora do Brasil. Alcançamos tudo".

Hoje 4.000 meninos e meninas de todas as idades, muitas cores e diferentes origens sociais já tiveram aulas de percussão, canto, dança, capoeira, inglês e informática, entre outras.

Na quadra de ensaio, o percussionista não divide só as baquetas. A cada um cabe a responsabilidade pela evolução da banda -é o que Flavio chama de "empoderamento".

"Isso reflete para a vida: eu posso, eu alcanço, eu vou lutar. Não é atender a miséria o que me atrai, e sim a idéia de a gente conseguir ser cada vez melhor, de que eles são protagonistas e responsáveis por isto aqui."

"Na favela não tinha expectativa, só via coisa boa na TV. A banda foi me mudando: ganhei amigos, fui tocar em Londres" - LUCIANO JOSÉ GERALDO, O "PAVILHÃO", 28, operador de áudio da banda

 
Patrocínio: Coca-Cola Brasil e Portal da Indústria; Transportadora Oficial: LATAM; Parceria Estratégica: UOL, ESPM, Insper e Fundação Dom Cabral
 

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