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05/04/2012 - 10h36

Excesso de testes desnecessários já representa grave crise na saúde dos EUA

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CLÁUDIA COLLUCCI
DE SÃO PAULO

"Overtreatment", ou o excesso de procedimentos médicos desnecessários, tem sido a palavra de ordem nos debates médicos nos Estados Unidos. A situação já é apontada como a mais grave crise na saúde americana.

Não é exagero. A estimativa é que um terço dos gastos com saúde naquele país seja com tratamentos sem necessidade, que não contribuem em nada para melhorar a saúde do paciente.

Só no âmbito dos cuidados primários (clínica-geral, pediatria), o desperdício é calculado em US$ 6,76 bilhões anuais (R$ 12,3 bilhões)

Além de aumentar o custo em saúde, exames desnecessários também trazem riscos para o paciente.

O uso desnecessário de antibióticos, por exemplo, aumenta a resistência bacteriana. Já o excesso de raios-X e tomografias está associado a um maior risco de câncer.

Alguns estudos veem o dedo da indústria de remédios e de diagnósticos nessas decisões médicas equivocadas.

Outros apontam que o problema está na (falta de) capacitação médica em saber identificar o que não é benéfico para o paciente.

Todos os procedimentos listados pelas sociedades médicas americanas são amplamente adotados no Brasil. Mas a discussão sobre "overtreatment" praticamente inexiste no país.

O senso comum diz exatamente o oposto: tratamentos, exames e medicamentos que poderiam nos ajudar são frequentemente vetados, seja no sistema público seja pelos planos de saúde.

Certamente isso também ocorre com frequência por aqui. No entanto, não dá mais para fugir da realidade de que estamos sendo submetidos a exames e procedimentos desnecessários.

Basta olhar a lista com exames divulgada pelas sociedades médicas americanas. Ela serve, no mínimo, como guia para as nossas próximas consultas médicas ou idas a hospitais.

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