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01/12/2012 - 12h34

4 em cada 10 jovens dispensam camisinha em relacionamento estável

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DA AGÊNCIA BRASIL

Quatro em cada dez jovens brasileiros acham que não precisam usar camisinha em um relacionamento estável. A conclusão é da pesquisa Juventude, Comportamento e DST/Aids realizada pela Caixa Seguros com o acompanhamento do Ministério da Saúde e da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde).

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O levantamento ainda revelou que três em cada dez ficariam desconfiados da fidelidade do parceiro caso ele propusesse sexo seguro.

O estudo ouviu 1.208 jovens com idades entre 18 e 29 anos em 15 Estados (Rondônia, Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Goiás) e no Distrito Federal. As mulheres correspondem a 55% da amostra e os homens, a 45%.

Ao todo, 91% dos jovens entrevistados já tiveram relação sexual; 40% não consideram o uso de camisinha um método eficaz na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis ou gravidez; 36% não usaram preservativo na última vez que tiveram relações sexuais; e apenas 9,4% foram a um centro de saúde nos últimos 12 meses para obter informações ou tratamento para DST (doenças sexualmente transmissíveis).

Os dados também mostram que falta aos jovens brasileiros o conhecimento de algumas informações básicas, já que um em cada cinco acredita ser possível contrair o HIV utilizando os talheres ou copos de outras pessoas e 15% pensam que enfermidades como malária, dengue, hanseníase ou tuberculose são tipos de DSTs.

"Notamos que os jovens menos vulneráveis são aqueles que conversam com os pais sobre sexualidade e que têm maior escolaridade. Mas pouquíssimos conversam com os pais sobre isso e a maioria não está estudando, repetiu alguns anos na escola. Embora eles não percebam, essa vulnerabilidade em relação à Aids existe e é latente", afirmou Miguel Fontes, coordenador da pesquisa.

As recomendações feitas pelo estudo incluem maiores investimentos em conteúdos de qualidade sobre sexo e Aids na internet e a capacitação de professores que trabalham com jovens para tratar temas relacionados a DST e Aids.

"No lugar de campanhas massivas na TV e no rádio, precisamos de canais diretos na internet. Ela age hoje como um gancho muito forte e é necessário levá-la em consideração como uma ferramenta educativa, além de reforçar o papel dos pais, fonte de educação mais confiável, e dos profissionais de saúde. Muitas vezes, os amigos são a principal fonte de informação do jovem, mas isso não implica em um melhor nível de conhecimento", ressaltou o coordenador do estudo.

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicam que os brasileiros com idade entre 15 e 29 anos representam 40% da população, totalizando 50 milhões de jovens. Levantamentos do Ministério da Saúde mostram uma tendência de crescimento de novas infecções pelo HIV nessa faixa etária desde 2007, chegando a 44,35 registros para cada grupo de 100 mil pessoas.

Atualmente, entre 490 mil e 530 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Dessas, 135 mil não sabem que têm o vírus. A incidência da Aids no país, em 2011, chegou a 20,2 casos para cada 100 mil habitantes. No ano passado, foram registrados 38,8 mil novos casos da doença --a maioria nos grandes centros urbanos.

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