EUA confirmam mais dez casos de transmissão local da zika na Flórida
Picture-Alliance/DPA/O.Riveira | ||
Aedes aegypti, mosquito transmissor do vírus da zika |
Autoridades de saúde americanas confirmaram nesta segunda (1º) mais dez casos de transmissão local do vírus da zika na Flórida. O CDC (Centros para Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos recomenda que mulheres grávidas não viajem para a área e enviou especialistas para investigar o surto da doença.
Com os novos diagnósticos, o Estado soma 14 casos causados por transmissão local, de acordo com nota divulgada pelo governador da Flórida, Rick Scott. Segundo o Departamento de Saúde, as transmissões estão restritas a Wynwood, um bairro ao norte de Miami.
Com os novos casos, o CDC fez uma série de recomendações direcionadas a mulheres grávidas e homens e mulheres que pretendem ter filhos. Não viajar para a área de Miami em que ocorreram os casos é uma das orientações.
Em Wynwood, além dos casos de infecção, foi encontrado um número de mosquistos e larvas de Aedes aegypti "moderadamente elevado". O bairro é uma área de prédios industriais e residenciais. Na região há galpões, galerias de arte, restaurantes, apartamentos e condomínios.
Seis dos dez novos casos são assintomáticos e foram identificados durante uma pesquisa realizada na comunidade afetada. Na última quarta (27) foram divulgadas as primeiras contaminações locais na mesma área.
A Flórida já havia reportado 381 casos da doença. Porém, todos em pessoas que tinham viajado para países ou territórios onde o vírus está em circulação. As autoridades de saúde dos Estados Unidos já haviam advertido que era possível que ocorressem surtos locais da zika no país com a chegada do verão, especialmente após a rápida propagação da infecção na América do Sul e na América Central ao longo dos dois últimos anos.
Não existe vacina, tratamento nem exames de diagnóstico rápido para este vírus, descoberto em 1947 em Uganda. O vírus da zika é transmitido na maioria das vezes pela picada do mosquito Aedes aegypti, e em alguns casos por contato sexual. Em geral, a doença provoca sintomas brandos e muitas vezes passa despercebida.
O vírus pode provocar, porém, transtornos neurológicos, como a síndrome de Guillain-Barré, ou má-formações congênitas graves e irreversíveis, como a microcefalia, que se caracteriza por um desenvolvimento insuficiente do cérebro, em fetos de mulheres que foram infectadas pelo vírus durante a gravidez.
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