Publicidade
Publicidade
Pessoas em boa forma queimam mais gordura do que os demais
Publicidade
RICARDO BONALUME NETO
DE SÃO PAULO
Má notícia para os gordinhos: quem está em melhor condição física queima a gordura do corpo de modo mais eficiente do que quem está em pior forma, quando ambos fazem exatamente o mesmo tipo de exercício.
Foi o que revelou o primeiro estudo detalhado da química do sangue em pessoas que fizeram exercícios.
"Estas substâncias bioquímicas dão um retrato instantâneo do estado de saúde de um indivíduo", diz um dos líderes do estudo, o médico Gregory D. Lewis, do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, EUA, e do Instituto Broad do MIT e Harvard, da vizinha Cambridge.
"O exercício produz inúmeros efeitos salutares, mas a nossa compreensão de como estes ocorrem é limitada", escreveu a equipe de 23 pesquisadores na última edição da revista médica "Science Translational Medicine".
"Exercícios podem conferir proteção cardiovascular, desmascarar disfunção oculta de órgãos, e prever o prognóstico da doença, mas como e por que esses efeitos ocorrem não é totalmente claro ainda", afirmam os pesquisadores.
Quando uma pessoa se exercita -correndo, por exemplo-, ocorrem muitas mudanças na química do sangue. Ao usar a energia do corpo, surge no sangue uma grande quantidade de subprodutos, substâncias químicas ligadas ao metabolismo, ou "metabólitos".
A equipe liderada por Lewis e Robert E. Gerszten, das mesmas instituições, usou técnicas de espectrometria de massa para identificar a presença de cerca de 200 metabólitos no sangue de voluntários antes, logo em seguida e uma hora depois do exercício por dez minutos em uma esteira.
Pessoas que estavam em boa forma tiveram um aumento de 98% na "queima" de gordura, açúcar e aminoácidos; as em pior forma só atingiram um aumento de 60% a 70% nesses índices.
MARATONA
Mas nada disso se compara ao que acontece com corredores de maratona. A equipe examinou o sangue de atletas participantes da maratona de Boston. O aumento na queima de calorias foi de incríveis 1.128%.
As mudanças na química do sangue permitem aos em melhor forma queimar calorias com mais eficiência.
Esse tipo de exame poderá ajudar, no futuro, no desenvolvimento de terapias para doenças cardiovasculares e diabetes e mesmo para melhorar o desempenho esportivo por meio de suplementos alimentares que acrescentariam ao corpo as substâncias químicas ligadas à maior eficiência energética.
O esporte trouxe modificação significativa no nível sanguíneo de mais de vinte "metabólitos". Essas mudanças em geral se concentraram nos músculos exercitados, mas algumas foram percebidas em todo o corpo.
E o efeito do exercício foi duradouro, como mostra o fato de muitas das mudanças bioquímicas ainda estarem presentes uma hora depois do exercício.
Houve diferença também na composição química quando o exercício físico era rápido -os dez minutos na esteira- ou prolongado -caso da maratona. Nos maratonistas, também caiu de modo significativo o nível de aminoácidos.
+ Notícias sobre exercícios
- Só exercício não controla pressão alta, diz estudo da USP
- Wii não deve ser única alternativa de exercício físico, diz cardiologista
- Atestado médico para esportes será mais exigente
+ notícias em Equilíbrio e Saúde
+ Livraria
- Coleção "Cinema Policial" reúne quatro filmes de grandes diretores
- Sociólogo discute transformações do século 21 em "A Era do Imprevisto"
- Livro de escritora russa compila contos de fada assustadores; leia trecho
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sete coisas que talvez você não saiba sobre as estrias
- Campeões em insônia, idosos precisam de atividades para dormir melhor
- É possível perder 2 centímetros de gordura abdominal em 4 semanas?
- SOS Mau Hálito: dentistas usam até laser para tentar resolver o problema
- Descoberta nova forma de detecção precoce de câncer no pâncreas
+ Comentadas
- Método permite ler mente de pessoas 'presas' nos próprios corpos
- Meninas de 6 anos já não se acham inteligentes e desistem de atividades
+ EnviadasÍndice