Publicidade
Publicidade
Fiocruz faz acordo para reduzir gastos com medicamentos
Publicidade
DENISE MENCHEN
DO RIO
A Fiocruz, vinculada ao Ministério da Saúde, assinou ontem dois acordos para reduzir a dependência do Brasil em relação à tecnologia estrangeira na área de saúde.
Segundo o ministro José Gomes Temporão, 80% dos insumos necessários para produzir os medicamentos consumidos pela população brasileira são importados.
Um dos acordos, entre o laboratório de Farmanguinhos, da Fiocruz, e a Libbs, de São Paulo, prevê a produção nacional do tacrolimo, imunossupressor usado por transplantados renais.
Só no primeiro semestre deste ano, 1.486 pessoas passaram por essa cirurgia.
O governo gasta hoje R$ 87 milhões/ano com o remédio, que é importado. De acordo com o ministério, a economia com a substituição da importação será de R$ 240 milhões em cinco anos.
O diretor do laboratório federal, Hayne Felipe da Silva, explica que a Libbs vai desenvolver a tecnologia de produção do insumo ativo e do remédio. "A tecnologia de produção do medicamento será repassada para Farmanguinhos; a do insumo ativo ficará com a Libbs."
Segundo ele, o processo de transferência durará cinco anos, e, depois disso, a Fiocruz continuará a comprar o insumo da Libbs.
Silva disse ainda que a Fiocruz negocia um contrato semelhante com o laboratório indiano Luppin, para que o Brasil tenha tecnologia de produção de uma droga "4 em 1" para tuberculose.
"Esse medicamento é importante porque aumenta a adesão ao tratamento, já que a pessoa pode substituir quatro pílulas por uma."
Outro acordo firmado ontem pela Fiocruz criou o programa interinstitucional de produção e inovação em oncológicos, parceria com o Instituto Nacional de Câncer.
O objetivo é fortalecer o complexo industrial na área de oncologia, que engloba drogas, vacinas, diagnósticos e equipamentos.
"Pagamos preços altíssimos pelos remédios. Quanto mais desenvolvermos a indústria nacional, melhor, tanto para o paciente da rede pública quanto da privada", diz o presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia, Roberto Fonseca.
+ NOTÍCIAS RELACIONADAS
- Ações por remédios caros favorecem ricos, diz estudo
- América Latina ainda não tem acesso suficiente a remédios contra Aids
- SUS deve atualizar lista de remédio todo ano
+ NOTÍCIAS EM EQUILÍBRIO E SAÚDE
+ Livraria
- Coleção "Cinema Policial" reúne quatro filmes de grandes diretores
- Sociólogo discute transformações do século 21 em "A Era do Imprevisto"
- Livro de escritora russa compila contos de fada assustadores; leia trecho
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sete coisas que talvez você não saiba sobre as estrias
- Campeões em insônia, idosos precisam de atividades para dormir melhor
- É possível perder 2 centímetros de gordura abdominal em 4 semanas?
- SOS Mau Hálito: dentistas usam até laser para tentar resolver o problema
- Descoberta nova forma de detecção precoce de câncer no pâncreas
+ Comentadas
- Método permite ler mente de pessoas 'presas' nos próprios corpos
- Meninas de 6 anos já não se acham inteligentes e desistem de atividades
+ EnviadasÍndice