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12/09/2010 - 11h32

Conheça transexuais que farão cirurgias de extirpação de útero, ovários e seios

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LAURA CAPRIGLIONE
GUILHERME GENESTRETI
DE SÃO PAULO

"Sou um homem que nasceu com defeito no órgão genital", define João Vitor Gonçalves dos Santos, 25. O "defeito", segundo ele, é ter vindo ao mundo com vagina, útero e ovários --por isso, recebeu o nome de Josiane. Na adolescência, como acontece com qualquer menina, cresceram-lhe também os seios.

Agora, o rapaz terá mais chances de "corrigir" o corpo que tem, e que nunca aceitou. Desde o início de setembro, transexuais como ele já podem extirpar -em hospitais públicos ou privados- útero, ovários e mamas.

Também podem se submeter a tratamentos hormonais que estimulam o surgimento de caracteres masculinos, como a voz grossa e barba.

Antes, os procedimentos eram considerados "experimentais" e só eram feitos nos poucos hospitais que se submetem aos restritivos protocolos da pesquisa científica.

Segundo a nova resolução do Conselho Federal de Medicina, ainda se considera "experimental" a cirurgia chamada "neofaloplastia", que consiste em criar um pênis a partir de pele retirada de outras partes do corpo.

Mas já é um avanço imenso. "Depois que eu retirar os peitos, poderei vestir camiseta sem manga, em vez de viver me escondendo por baixo de camadas e mais camadas de camisas e casacos", diz João Vitor, vozeirão de homem muito macho.

Os depoimentos dele e de Fonseca (ambos concordaram em posar) mostram que outro tipo de sexualidade resolveu sair do armário da clandestinidade no Brasil.

Porque, se gays, lésbicas e robertas close já viraram arroz de festa, transexuais masculinos (que nasceram mulheres) pareciam quase uma quimera. Não são.

A seguir, as histórias dos dois homens em luta contra a própria natureza:

Reprodução
Como é a cirurgia de redesignação sexual

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