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05/10/2010 - 12h17

Cartilha ensina a comunicar diagnóstico de HIV a crianças

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GUILHERME GENESTRETI
DE SÃO PAULO

Um boneco representa a criança portadora do HIV. Os soldadinhos, seus anticorpos. Ela aprende que, quando toma os remédios, os soldadinhos ganham armadura suficiente para conter os monstrinhos que a atacam.

Karime Xavier/Folhapress
Kit para facilitar a conversa com pacientes infantis, que a Saúde de São Paulo mostra nesta terça
Kit para facilitar a conversa com pacientes infantis, que a Saúde de São Paulo mostra nesta terça-feira

Com esse conjunto de brinquedos que inclui também um tabuleiro e aparelhos médicos, o Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids de São Paulo pretende ajudar os profissionais de saúde a contar para as crianças que elas são portadoras do vírus.

A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo apresenta o kit hoje, em um encontro de serviços de assistência especializada em DST/Aids.

Junto com o jogo pedagógico será lançada uma cartilha que ensina o profissional da saúde a comunicar o diagnostico da forma mais adequada aos pacientes infantis.

O material foi criado depois de sete anos de estudo com crianças contaminadas na gestação (transmissão vertical) e atendidas nos ambulatórios de infectologia especializados. A ação foi desenvolvida com a Unifesp.

A infectologista Mariliza Silva, consultora do projeto, disse que muitas dessas crianças se descobriram soropositivas sozinhas. "Várias ouviram conversas dos pais ou descobriram pela TV, o que só alimenta fantasias."

Segundo o manual, por exemplo, deve-se dar a notícia à criança quando ela já for capaz de guardar um segredo, para não se expor ao estigma da doença entre os seus amigos.

"Não há um momento certo para dar o diagnóstico. O importante é que o assunto seja introduzido aos poucos e que a criança aprenda por meio de um processo lúdico", diz a infectologista.
O kit é parte desse esforço."Brincando você acaba dando o diagnóstico", diz.

Segundo a sanitarista Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa de DST/ Aids de São Paulo, o conhecimento da doença pela criança deixa os pais mais aliviados e os profissionais mais à vontade para conversar sobre exames e medicações.

Segundo Gianna, até o final do ano todos os 40 serviços de referência do Estado que atendem crianças terão um equipamento igual ao que será mostrado hoje no encontro.

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