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14/12/2010 - 12h39

Estresse de fim de ano pode prejudicar o coração

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MARIANA VERSOLATO
DE SÃO PAULO

A combinação pode ser fatal. Excesso de comida e bebida alcoólica, gastos além da conta, estresse, depressão e a obrigação de parecer feliz no fim de ano podem causar problemas de saúde.

Quem já tem hipertensão, arritmia ou depressão, por exemplo, corre mais risco de sofrer um derrame ou ataque cardíaco como consequência do que os americanos chamam de "holiday heart syndrome" (síndrome de fim de ano), segundo Elias Knobel, cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein.

Editoria de Arte / Folhapress/Editoria de Arte / Folhapress

Mas qualquer um pode ter uma síncope nessa época devido ao estresse e à alta descarga de adrenalina.

A lista de problemas de saúde ainda inclui doenças circulatórias, gastrointestinais e insônia.

A "obrigação" de estar bem, aliada às mensagens onipresentes de felicidade geram ansiedade, diz Ana Maria Rossi, presidente no Brasil da International Stress Management Association.

Segundo pesquisa da associação, feita em 2009 com 678 pessoas de 25 a 50 anos, o estresse individual aumenta 75% e atinge 80% da população no período que vai da última semana de novembro até o fim de dezembro.

Por isso, nos prontos-socorros, há aumento dos casos relacionados a ansiedade e depressão, segundo Daniel Magnoni, diretor de nutrição do Hospital do Coração.

No CVV (Centro de Valorização da Vida), o número de ligações sobe 20% na época.

As fontes de estresse e de piora do quadro de depressão envolvem expectativas não atingidas em relação aos presentes e às festas, sobrecarga de funções e atividades, solidão, frustração e culpa ao fazer um balanço negativo do ano que termina.

As emoções e as recordações do reencontro familiar, positivas ou negativas, também podem ser um gatilho.

Foi o caso de Josefa Luzia Jaqueto, 76. Na véspera de um Natal, ela conta que ficou emocionada com a presença de parentes na festa e a exibição de fotos antigas da família. Momentos depois, uma de suas netas notou que parte de sua boca estava paralisada. Josefa nem tinha percebido que sofrera um AVC (acidente vascular cerebral).

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