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15/12/2010 - 08h22

Ausência de padronização é o grande problema dos fitoterápicos

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HÉLIO SCHWARTSMAN
ARTICULISTA DA FOLHA

"Não faz mal, não. É natural!". Embora o uso de fitoterápicos caia muitas vezes no guarda-chuva da chamada medicina alternativa, ervas contêm substâncias químicas que podem produzir efeitos dramáticos sobre o corpo.

Dieta da moda nas redes sociais, fitoterápico é propaganda enganosa

Ao contrário das ultradiluições da homeopatia, que eliminam qualquer possibilidade de princípio ativo, a ingestão de vegetais pode até matar (e às vezes curar).

Venenos poderosos como a cicuta e o curare são apenas uma "plantinha". O mesmo vale para classes de alucinógenos e anestésicos.

O que difere um fitoterápico de um remédio comum é que só neste último sabemos mais ou menos o que estamos tomando e quanto.

O problema é a padronização. Uma planta contém centenas de compostos. Sabemos que a erva X é boa para a moléstia Y, mas não significa que tenhamos identificado a substância responsável pelo efeito. É possível que não seja um único composto.

Para agravar o quadro, as proporções entre os princípios ativos contidos em cada planta mudam conforme solo, clima, insolação, colheita, armazenagem e preparo.

A variabilidade nas quantidades de um dado princípio ativo entre diferentes lotes ou até cápsulas fica além do aceitável. Assim, pressupostos fundamentais da medicina, como fixar a dose terapêutica, tornam-se difíceis, para não dizer impossíveis.

O que de melhor se pode dizer dos fitoterápicos é que eles são um excelente ponto de partida para pesquisar e desenvolver remédios.

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