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EUA avaliam risco de trombose por uso de anticoncepcional
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MARIANA PASTORE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A FDA (agência que regula remédios e alimentos nos EUA) está revisando os resultados de dois estudos que mostraram que existe um risco maior de formação de coágulos sanguíneos em mulheres que tomam anticoncepcional contendo o hormônio drospirenona.
Risco de trombose é duas vezes maior com nova pílula
Bayer enfrenta julgamento nos EUA por anticoncepcional
As pílulas mais vendidas pelo grupo farmacêutico alemão Bayer, YAZ e Yasmin, contêm a substância. Ambas são vendidas no Brasil.
A agência reguladora disse que está avaliando os resultados contraditórios de estudos anteriores e analisando os riscos e benefícios de contraceptivos que contêm o hormônio.
Em abril, dois estudos publicados no "British Medical Journal" indicaram que medicamentos como YAZ e Yasmin duplicam ou triplicam o risco de coágulos sanguíneos graves em relação aos anticoncepcionais orais de gerações anteriores.
No começo de maio, foi noticiado que a Bayer enfrenta uma ação nos EUA pela morte de uma adolescente por um coágulo supostamente vinculado ao anticoncepcional YAZ.
OUTRO LADO
Em nota enviada à Folha, a Bayer informou que "a FDA observou que as pacientes não devem parar de tomar contraceptivos orais contendo drospirenona sem primeiro falar com seu profissional de saúde".
A empresa também afirmou que o risco de tromboembolismo venoso em mulheres que usam contraceptivos orais contendo drospirenona é comparável ao observado em relação às demais pílulas de controle de natalidade estudadas.
"A análise que a Bayer faz do material de evidências científicas disponíveis em relação à drospirenona continua a apoiar a sua avaliação atual sobre a segurança dos seus contraceptivos orais. Essa avaliação é corroborada por descobertas clínicas consistentes ao longo de um período de 15 anos e pelos resultados de estudos de até dez anos de pós-comercialização que sustentam que o risco de tromboembolismo venoso é comparável com qualquer contraceptivo oral estudado, independentemente da progesterona."
A farmacêutica ressaltou que "o risco de tromboembolismo venoso consta das bulas oficiais submetidas pela Bayer à Anvisa".
Com REUTERS
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