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Copa
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História

1954Suiça

Classificação
Alemanha Ocidental
Hungria
Áustria
Uruguai
Artilheiros
11 gols Sandor Kocsis (Hungria)
6 gols Sepp Huegi (Suíça), Erich Probst (Áustria), Max Morlock (Alemanha Ocidental)
Ver todos os jogos
AP
Puskas e Walter se cumprimentam antes da decisão
Puskas e Walter se cumprimentam antes da decisão

A Copa de 1954, na Suíça, deixou para o mundo do futebol uma lição: jamais deve-se subestimar a Alemanha, mesmo que aparentemente sua seleção não pareça grande coisa. Quem melhor aprendeu foi a Hungria, sensação e melhor time disparado do Mundial. Apesar de ter entrado para a história como a Copa das goleadas, a competição consagrou em sua decisão, que ficou conhecida como o Milagre de Berna, a vitória da força física sobre a habilidade. Em sua campanha, os húngaros atropelaram seus adversários, incluindo o Brasil, com uma enxurrada de gols. Com um sistema tático revolucionário, em que os atacantes não tinham posições fixas, os Magiares Mágicos balançaram as redes 27 vezes em cinco jogos. Ferenc Puskas e Sandor Kocsis, artilheiro do torneio, eram os destaques. A própria Alemanha Ocidental já havia caído diante deles na primeira fase diante, por 8 a 3. Na grande final, os húngaros fizeram 2 a 0 antes dos 10min de jogo. Mas o disciplinado e forte time alemão, comandado pelo atacante Fritz Walter, conseguiu uma virada histórica, fechando o placar em 3 a 2. A Hungria, campeão olímpica dois anos antes, então invicta em 31 jogos, encerrava ali os sonhos de seu time de ouro de conquistar um Mundial. Ao mesmo tempo, surgia uma nova potência que faria história no futebol.

Brasil

Mesmo sem ter convocado o meia Zizinho, considerado o melhor jogador do país e cérebro do time na Copa-1950, o técnico Zezé Moreira levou um time de craques para a Suíça, com nomes como Djalma Santos, Nílton Santos, Bauer, Didi e Julinho Botelho. Mas o trauma da perda do título em pleno Maracanã quatro anos antes ainda pesava. A equipe estreou com uma goleada por 5 a 0 sobre o México. Na segunda rodada, empatou por 1 a 1 com os iugoslavos. A desorganização da comissão técnica era tanta que os jogadores não sabiam que o empate frente aos iugoslavos classificava os dois times. Os brasileiros lutaram até o final e, sem conseguir alterar o 1 a 1 no placar, alguns atletas chegaram a chorar no ônibus antes de saber que haviam avançado. Nas quartas de final, o adversário foi a forte seleção húngara, que na primeira fase tinha marcado 17 gols em dois jogos. O Brasil até que tentou fazer frente à equipe de Puskas, Kocsis e Czibor, mas os rivais abriram 2 a 0 no placar antes dos primeiros dez minutos de jogo, como sempre faziam. No final, a seleção brasileira caiu por 4 a 2, em jogo muito violento - dois brasileiros e um húngaro foram expulsos. Derrotados na bola, os brasileiros ainda partiram para a briga. Até dirigentes e jornalistas se envolveram na confusão, que ficou conhecida como a "Batalha de Berna".

Curiosidades

  • A Copa-1954 detém o recorde de gols marcados, com 140 em 26 partidas - média de 5,38. O recorde em uma partida aconteceu em Suíça 5 x 7 Áustria - a Suíça saiu na frente por 3 a 0.
  • O técnico da Alemanha, Sepp Herberger, poupou sete jogadores na derrota por 8 a 3 para a Hungria na 1ª fase, sabendo que poderia se classificar contra a Turquia. Deu o troco na final.
  • A Hungria fez 25 gols em quatro partidas para chegar à final, sempre com dois gols em menos de 10 minutos. Repetiu o feito na final, mas permitiu a virada alemã.
  • Campeão em 1930 e 1950, o Uruguai só perdeu sua primeira partida em Copas em 1954, quando caiu diante da Hungria por 4 a 2, após a prorrogação, nas semifinais.
  • O Brasil usou pela primeira vez a hoje tradicional camisa amarela. Depois da derrota em 1950, a CBD promoveu concurso para trocar o uniforme branco e deixar o trauma para trás.
  • A Hungria revolucionou não só no esquema, em que os atacantes não tinham posição fixa, mas também na preparação. Os húngaros faziam aquecimento, prática inusual até então.
  • Jogadores alemães passaram tempo numa clínica depois do Mundial. Parte da imprensa européia cogitou que eles tiveram más reações a um suposto doping usado na Copa.
 
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Galeria

 


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