Para o mensalão funcionar, cada envolvido exercia um papel diferente.
Veja como era o esquema
Marcos Valério
Nome: Marcos Valério Fernandes de Souza
Nascimento: ( anos)
Perfil: Em 2005, era sócio nas agências DNA Propaganda e SMP&B Comunicação, que tinha cinco contas do governo federal, entre elas a do Banco do Brasil. Ficou preso por três meses em 2009, acusado de sonegação fiscal, e novamente em 2011, por causa de uma fraude com títulos de terra na Bahia. Foi condenado em fevereiro a nove anos de prisão por sonegação e falsificação de documentos públicos e recorre em liberdade. Vive em Belo Horizonte e tem negócios como consultor e pecuarista.
Acusação: Segundo a Procuradoria, ele criou o esquema clandestino que financiou o PT e outros partidos governistas, desviando recursos obtidos com contratos de publicidade firmados com o Banco do Brasil e a Câmara dos Deputados e usando empréstimos fraudulentos dos bancos Rural e BMG para disfarçar a origem do dinheiro
Defesa: Diz que os empréstimos foram regulares, não houve desvios na execução dos contratos de publicidade e os serviços foram prestados adequadamente. O dinheiro, afirma, foi distribuído aos políticos era para pagar dívidas que eles contraíram em campanhas eleitorais, e não para comprar votos no Congresso.
Decisão: Valério foi condenado por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, e a uma pena de 40 anos, 4 meses e 6 dias de prisão, mais o pagamento de R$ 2,78 milhão em multas. É um dos réus que têm direito a um novo julgamento para o crime de formação de quadrilha, possibilidade aberta depois da aceitação pelo STF de recursos chamados embargos infringentes. Por causa disso, sua pena ainda pode ser diminuída.
Eraldo Peres/Associated Press