Massa ignora cornetagem e elogia até o torcedor mais crítico

Para Felipe Massa, a torcida brasileira é a melhor do mundo. Durante entrevista na tarde desta quinta-feira, de olho no GP Brasil de domingo, em Interlagos, o piloto foi perguntado sobre o tom crítico cada vez maior de torcida e imprensa no país. E não reclamou.

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	Adriano Vizoni/Folhapress
	O piloto brasileiro Felipe Massa durante entrevista coletiva para o GP Brasil de F-1

"Eu enxergo até naquele que está cobrando que na verdade ele não quer falar aquilo, quer é ver você vencendo a corrida, lá em cima. Esse é o lado importante. Apesar de ser brasileiro, não estou mentindo: no mundo inteiro, não existe torcida igual à do Brasil".

"Eu também me cobro muito. Lógico que tem que existir a cobrança", completou.

Faltando somente mais uma etapa no Mundial, Massa está apenas na sexta colocação, com menos da metade dos pontos do companheiro de Ferrari, o espanhol Fernando Alonso, terceiro na classificação.

Apesar disso --e de comemorar estar atuando em casa--, não acredita que conseguirá fazer frente aos dois principais times da atual temporada: Red Bull e McLaren.

"Para isso, teria que encaixar tudo. Todas as forças, tudo funcionando direitinho, porque a gente não tem nada de novo no carro", admitiu.

Ele ainda minimizou a influência do tempo, se fará sol ou chuva, no momento da corrida. "Tem que ver como será a classificação. Depende. E não podemos nos esquecer que estamos em São Paulo, onde acontece de tudo, de uma hora para a outra".

E lamentou a possibilidade de ficar sozinho na categoria em 2012.

"Lógico que eu ficaria triste em ser o único piloto do país correndo na F-1, porque gosto muito do Rubinho [Barrichello] e do Bruno [Senna], a gente se dá muito bem, e é uma amizade a mais que tem no fim de semana de corrida. Então, se isso acontecer [ambos ainda negociam para permanecer no circo], vai ser um pouco triste para mim, né, ficar aqui sozinho. Mas estou torcendo que consigam o que estão buscando".

Arte/Folhapress