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02/04/2012 - 17h25

Secretário da Fifa agenda volta ao Brasil pela primeira vez após 'chute no traseiro'

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DE SÃO PAULO

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, estará em Brasília no próximo 11 de abril para audiência pública da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, em Brasília. Será a primeira vez que ele visita o país após o mal-estar criado pela polêmica frase de que o Brasil merecia "um chute no traseiro" pelo atraso nas obras para a Copa-2014.

Fabrice Coffrini/France Presse
Valcke e Blatter em entrevista na última sexta
Valcke e Blatter em entrevista na última sexta

Valcke vem no lugar do presidente Joseph Blatter, que foi convidado pelo Senado, mas que indicou o secretário como substituto. Ele dividirá a mesa com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, um dos que mais criticaram a entrevista dele para a imprensa francesa, no início de março deste ano. Também devem participar da sessão outros dirigentes da Fifa e do futebol nacional, mas os nomes não foram confirmados.

Depois do incidente, a Fifa chegou a suspender uma visita que Valcke faria ao Brasil. Em seu lugar veio Blatter, que conseguiu se reunir com a presidente Dilma Rousseff e pediu publicamente desculpas pelo caso, em nota oficial. O secretário-geral é o cargo mais importante abaixo do presidente na Fifa e historicamente é o representante da entidade nas organizações dos Mundiais.

Valcke, porém, terá outro questão política para resolver.

COBRANÇAS

Na última sexta-feira, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, reagiu às críticas do presidente da Fifa, que afirmou mais cedo que o país precisa de mais atos e menos palavras.

Belchior disse preferir a forma como o COI (Comitê Olímpico Internacional) conversa com o Brasil e indicou que a Fifa é que está usando palavras de mais.

"Eu acho que o Brasil está fazendo o que deve fazer. Eu gosto mais da maneira como o COI [Comitê Olímpico Internacional] lida com o Brasil em relação às Olimpíadas. Vem aqui, discute conosco o andamento, os problemas, as boas situações e trabalha para resolver os problemas, e também não fica usando palavras demais", afirmou.

Mais cedo, ainda em Zurique, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, se mostrou irritado e cobrou publicamente mais atitude do Brasil.

Quando esteve no país, ainda este mês, o dirigente havia amenizado o tom depois de conseguir se reunir com a presidente Dilma Rousseff.

"Convidamos o Brasil a continuar o desenvolvimento do que eles começaram [Copa]. Pelo menos votaram a lei [Geral da Copa] no Congresso. A bola está no campo deles agora para jogar. Queremos atos e não mais só palavras", afirmou o dirigente.

A resposta foi após uma pergunta ao secretário-geral Jérôme Valcke sobre suas declarações de que o país deveria levar "um chute no traseiro" para acelerar as obras. Blatter não permitiu que ele respondesse.

Ele afirmou que Valcke já pediu desculpas pela declaração e entende que este caso está encerrado com as autoridades brasileiras. Valcke foi confirmado ainda como o encarregado da Fifa para o Mundial.

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