Governo brasileiro diz que furto de dados em Londres-2012 foi "inaceitável"

O governo federal classificou de "inaceitável" o furto de dados envolvendo funcionários da Rio-2016. Em nota publicada nesta segunda-feira, o ministro Aldo Rebelo (Esporte) disse que o Comitê Rio-2016 agiu "corretamente" ao demitir os envolvidos.

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Aldo Rebelo, entretanto, não falou que medidas o governo poderia tomar, no caso que envolveu duas entidades "privadas".

Alastair Grant/Associated Press

O ministro Aldo Rebelo dá entrevista, em Londres

"Trata-se de incidente lamentável, envolvendo duas entidades privadas - os comitês organizadores dos Jogos de Londres 2012 e Rio 2016. O Comitê Rio 2016 agiu corretamente ao apurar o incidente e punir os autores".

Dez funcionários do comitê organizador da Rio-2016 foram demitidos por furtarem informações confidenciais do comitê de Londres-2012 durante a Olimpíada.

O conteúdo dos arquivos subtraídos da área de tecnologia dos Jogos não foi divulgado. Aldo Rebelo se pronunciou por meio de nota publicada no site do Ministério do Esporte. Foi a primeira vez que o governo brasileiro se posicionou a respeito do furto de dados em Londres-2012.

Para o ministro, o episódio não abala a relação entre os dois países. "O comportamento dessas pessoas foi inaceitável e não expressa a atitude de confiança e harmonia que tem marcado a cooperação dos dois países na preparação dos Jogos Olímpicos", disse Aldo Rebelo.

Na nota, o ministro lembrou ainda que já há parceira entre a sede dos jogos de 2012 e o Brasil para a troca de experiências na organização da Rio-2016.

"O governo do Reino Unido, inclusive, já aprovou a formação de um grupo de trabalho com o governo brasileiro para repassar a sua experiência de organização dos Jogos de Londres, de forma a ajudar o Brasil a enfrentar os desafios da preparação dos Jogos do Rio 2016", afirmou o ministro.