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01/02/2013 - 15h38

Governo quer preço justo de hotel na Copa, mas não descarta aumento

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FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA

Para evitar preços proibitivos em hotéis como aconteceu na Rio+20 no ano passado, o governo federal e o setor hoteleiro anunciaram nesta sexta-feira um acordo para monitorar as tarifas durante a Copa das Confederações em 2013 e Copa do Mundo em 2014.

O acordo, contudo, não prevê punições para aumentos e usa a expressão "harmonização das tarifas", sem dar detalhes de como será a margem de preços na prática. A parceria prevê ainda "sensibilizar" empresários sobre as tarifas e monitorar as diárias.

Apesar do discurso de "harmonização de preços", governo e setor hoteleiro afirmam que não estão vetados aumentos, mas serão evitados acréscimos considerados abusivos.

"Não vamos permitir que preços sejam cobrados acima da realidade de mercado. Vamos fazer que os preços obedeçam o fluxo de turistas dos eventos, mas que eles estejam harmonizados no sentido de que sejam preços justos, mesmo considerando o momento do evento", disse o ministro Gatão Vieira (Turismo).

Segundo Gastão Vieira, o Brasil não pode correr risco de criar a fama de país caro para o turista. "Essa é uma marca que vai impedir todo um trabalho posterior. Tudo aquilo que possa levar o turista a ter essa noção inviabiliza nossos esforços", disse.

Perguntado sobre punições a preços abusivos, Vieira disse que isso seria um "desdobramento consequente" e ressaltou que o governo quer "preços justos, dentro dos padrões". O ministro garantiu que, com esse acordo com a iniciativa privada, não se repetirá o problema da Rio+20, quando o aumento de tarifas afastou delegações.

De acordo com Roberto Rotter, presidente do Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil, que representa as redes hoteleiras, o setor não pretende recuperar os investimentos apenas com a Copa do Mundo.

"A hotelaria investirá R$7 bi entre 2012 e 2015. Qual seria o sentido de fazer investimentos dessa natureza visando um mês de Copa do Mundo? Não há retorno, nosso investimento é de longo prazo", disse.

Rotter disse ainda que a parceria pretende evitar "distorções". "O governo e o setor vão trabalhar em conjunto para evitar distorções. Esse é o recado final: não haverá aumento abusivo".

 

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