Mesmo com protestos, China mantém Tibete na rota da tocha
O governador do Tibete, Qianba Puncog, confirmou nesta quarta-feira que a cidade de Lhasa, capital desta região autônoma, está mantida no roteiro do revezamento da tocha olímpica dos Jogos Olímpicos de Pequim.
A passagem da tocha por Lhasa está prevista para ocorrer nos dias 20 e 21 de junho.
"A maioria do povo tibetano está orgulhosa pela Olimpíada de Pequim e estará feliz em acolher a tocha", disse Puncog, que culpou o dalai-lama, líder espiritual do Tibete, pelas manifestações contrárias aos Jogos.
Desde 10 de março, monges budistas com o apoio da população civil protagonizam protestos para lembrar o aniversário da fracassada rebelião de 1959 no Tibete e em outros lugares, como Índia ou Nepal.
A tocha olímpica tem enfrentado uma série de protestos de manifestantes pró-Tibete durante a sua "volta ao mundo". Na segunda-feira, em Paris, o revezamento do artefato chegou a ser suspenso e a chama viajou de ônibus.
Nesta sexta-feira, o comitê executivo da organização dos Jogos de Pequim deve discutir a possibilidade de realizar alterações no trajeto internacional do revezamento da tocha. O COI descarta eliminar o percurso.
San Francisco
Sob forte aparato de segurança, a tocha olímpica chegou ontem a San Francisco, nos Estados Unidos, onde hoje cumpre mais uma etapa de seu revezamento. Antes mesmo do início de sua exposição pública, a cidade já viu os primeiros protestos.
Entre os manifestantes estava o ator Richard Gere, amigo pessoal do dalai-lama, que marchou ao lado de algumas centenas de pessoas em sinal de solidariedade ao Tibete e em protesto contra a supressão dos direitos humanos na China.
Na segunda-feira, três ativistas escalaram a ponte Golden Gate, um dos cartões-postais de San Francisco (Estados Unidos), para colocar cartazes contra a chegada da tocha na cidade.
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