Presidente do COI critica falta de "espírito olímpico" de Usain Bolt
O presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Jacques Rogge, criticou nesta quinta-feira o comportamento do velocista jamaicano Usain Bolt, vencedor dos 100 m e dos 200 m rasos e nome de maior destaque do atletismo nos Jogos de Pequim.
Segundo Rogge, a postura de Bolt na decisão dos 100 m, quando abriu mão de realizar a prova completa no seu ritmo máximo e começou a comemorar a medalha de ouro antes mesmo de cruzar a linha de chegada, mostra falta de respeito aos adversários, o que vai contra o "espírito olímpico".
Mark Baker/16.ago.2008/AP |
Usain Bolt (frente) comemora vitória e recorde mundial na final dos 100 m rasos |
"Essa não é a imagem de um campeão. Ele precisa amadurecer. É jovem, mas deveria mostrar mais respeito com seus adversários. Adoraria vê-lo demonstrando mais respeito para os outros competidores. Ele deveria aprender que ele pode apertar as mãos dos outros participantes. Essa postura estaria mais de acordo com o espírito do ideal olímpico", afirmou o presidente do COI.
Rogge admitiu, no entanto, que considera Bolt, que bateu o recorde mundial tanto nos 100 m como nos 200 m rasos, um fenômeno do atletismo. A "dobradinha" feita pelo jamaicano em provas de velocidade na Olimpíada não acontecia desde os Jogos-1984, quando Carl Lewis venceu as duas provas.
"Ele está em outra dimensão. É preciso considerá-lo da mesma forma como Jesse Owens na década de 1930", concluiu o dirigente, comparando Bolt ao lendário atleta norte-americano, que ganhou quatro medalhas de ouro no atletismo da Olimpíada de Berlim-1936.
Com agências internacionais
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