Ouro após cinco Olimpíadas, Fofão reafirma aposentadoria da seleção
Foram necessárias cinco semifinais em cinco Olimpíadas disputadas, dois bronzes e 18 anos na seleção brasileira para a levantadora Fofão, 38, conseguir conquistar a primeira medalha de ouro da equipe feminina de vôlei do Brasil em Jogos Olímpicos. Após a vitória sobre os Estados Unidos, neste sábado, a jogadora dedicou a conquista ao grupo e reafirmou que essa será sua última participação em Jogos Olímpicos.
"Finalmente. Agora está no peito. [A medalha de ouro] é nossa e ninguém tira mais. A gente cumpriu o que a gente prometeu. Não para o Brasil, mas para o grupo", disse a levantadora em entrevista ao Sportv.
Questionada sobre a sua aposentadoria da seleção, a jogadora reafirmou o que já havia anunciado antes da competição. "Nem me pergunta isso que eu fico nervosa, mas a gente já tinha pensado antes e vamos parar mesmo."
Mais experiente do que todas as suas companheiras de elenco, Fofão afirmou antes dos Jogos que se considerava responsável pelo time, uma espécie de "mãe" das outras jogadoras.
"Todos me olham com muito respeito e, sendo assim, me sinto responsável pelo time. Encaro isso com naturalidade", afirmou a levantadora que em Pequim disputou sua última Olimpíada.
Histórico
Fofão estreou na seleção em 1991 e, no ano seguinte, disputou a primeira de suas cinco Olimpíadas --é a mulher do Brasil que mais vezes participou do evento. Em Barcelona, a equipe nacional brigou pela primeira vez por uma medalha, mas ficou na quarta posição.
Desde então, as brasileiras estiveram presentes em todas as semifinais olímpicas, sempre com Fofão no grupo, mas passando a maior parte de tempo no banco de reservas.
Antes de chegar a Pequim, ela precisou superar dois sustos. Pouco antes da convocação do técnico Zé Roberto Guimarães para a Olimpíada, a ex-jogadora Fernanda Venturini, titular de Fofão durante grande parte de sua trajetória na seleção, ofereceu-se para retornar ao grupo. No entanto, o treinador se recusou a convocá-la.
Em junho, Fofão sofreu uma pancada no joelho esquerdo durante um amistoso contra os Estados Unidos. Após a contusão, ela admitiu que sentiu medo de não voltar mais a jogar vôlei.
Sua liberação para voltar à seleção foi recebida já no começo de julho e a levantadora ainda teve tempo para vencer o Grand Prix antes de comemorar a sua primeira medalha de ouro olímpica.
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