Latinos encaram Interlagos como sua casa
Sem um circuito na F-1 para chamar de seu, o mexicano Sergio Pérez e o venezuelano Pastor Maldonado adotaram a prova em Interlagos como a "corrida em casa".
Desde 1999, quando o GP da Argentina saiu do calendário, a corrida brasileira é a única na América Latina.
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Adriano Vizoni/Folhapress | ||
Equipe empurra o carro do Maldonado, que é patrocinado pelo governo da Venezuela |
Pérez não assistiu a um GP do México. Nascido em Guadalajara, tinha só dois anos em 1992, quando aconteceu a última corrida no país, vencida por Nigel Mansell.
"Mas eu admirava o Senna quando criança. Depois torci pelo Fernando Alonso", diz.
Em sua primeira temporada na categoria, o mexicano fez boas corridas, mas não passou de um sétimo lugar como melhor resultado.
No Brasil, Pérez espera ter o apoio da torcida. "Sinto a latinidade aqui. Neste ano, fui pouco ao México e, quando vou, tenho compromissos comerciais. É difícil até encontrar a família. Mas tenho orgulho em representar a América Latina, e essa corrida é a mais perto de casa".
Maldonado faz coro com o colega da Sauber. "É uma corrida especial porque é a mais perto da Venezuela, num circuito que tem história, além da magia dos fãs", afirma.
"E espero ser mais competitivo aqui", declara o piloto de 26 anos, que também faz sua primeira temporada na categoria, pela Williams.
Além de amigos e familiares, o estreante espera mostrar serviço para patrocinadores, que o bancam como único piloto empregado no time para 2012, mesmo com menos pontos que Barrichello durante o ano (1 a 4).
"Torço para a equipe fechar com Barrichello, aprendi muito com ele e até consegui batê-lo algumas vezes."
Em outros tempos, o torcedor de Interlagos aprendeu a gostar de outro latino-americano no grid, o colombiano Juan Pablo Montoya.
Na época em que Rubens Barrichello sofria com a concorrência de Michael Schumacher na Ferrari, a torcida se empolgava com as manobras arrojadas de Montoya, que desafiava até o alemão --mais um motivo para cair nas graças dos brasileiros.
Montoya ganhou no Brasil em 2004, pela Williams, e em 2005, pela McLaren. Amanhã, a partir das 14h, Maldonado espera ver um pouco dessa torcida para ele.
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