Estatal pode ajudar Eike a manter time ativo na Superliga de vôlei
A estatal Furnas poderá assumir uma parte do patrocínio do RJX para mantê-lo na Superliga masculina. Até 2012, o time de vôlei tinha o apoio exclusivo da OGX, petroleira de Eike Batista.
O RJX foi confirmado na temporada 2013/2014 do principal torneio de clubes do país no mês passado, mas busca patrocínios para compensar a redução do investimento do empresário.
A subsidiária da Eletrobras está negociando diretamente com o clube, que a partir deste ano perde parte dos milhões injetados pela OGX.
A petroleira deverá diminuir sua contribuição para 40% do que costumava colocar no time, apurou a Folha.
Outras empresas também estão sendo consultadas.
Eike Batista tem negócios em outros esportes além do vôlei
O coordenador do projeto, José Inácio Salles, afirma que parcerias com outros grupos haviam sido consideradas também em anos anteriores.
De acordo com o balanço da OGX --que vem passando por uma crise de credibilidade desde que anunciou uma produção de petróleo menor do que a prevista-- o patrocínio ao time foi, em 2012, de R$ 13,9 milhões.
Para a temporada atual, o valor mínimo que está sendo avaliado é de R$ 5 milhões.
Embalado pelos milhões de Eike, o time criado em 2011 foi campeão do Estadual de 2012. Neste ano, conquistou a sua primeira Superliga, com vitória na final sobre o Cruzeiro, no Maracanãzinho.
Marcelo Fronckowiak, técnico que comandou a equipe na última temporada, afirma que estão sendo definidos não somente os patrocinadores mas também qual será a estrutura da equipe.
A Folha apurou que já estão confirmados no elenco os jogadores Bruno, Riad, Ualas, Maurício, Mário Júnior, Guilherme e Vini.
Outra mudança que poderá ocorrer com novos patrocínios nesta temporada é a retirada do letra X do nome da equipe, marca registrada das companhias de Eike.
MOMENTO DELICADO
A queda de participação da OGX no apoio ao time carioca acontece em um momento complicado para o vôlei.
Clubes brasileiros reclamam que muitos patrocinadores estão reservando recursos para a Copa do Mundo, no ano que vem, que terá maior visibilidade.
"As verbas das empresas disponíveis para esportes estão destinadas ao futebol. É a realidade que enfrentamos no momento", afirmou o técnico Fronckowiak.
Jonathan Alcorn - 30.abr.2012/Bloomberg | ||
O empresário Eike Batista gesticula ao falar em conferência nos EUA |
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