São Paulo tem o pior aproveitamento de pênaltis nos pontos corridos
Bola parada a 11 metros do gol, sem nenhum adversário entre o cobrador e o goleiro.
A jogada que costuma ser comemorada pelos torcedores como se já fosse o próprio gol se transformou em um tormento para o São Paulo.
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Danilo Bandeira/Editoria de Arte/Folhapress |
Nunca desde a adoção dos pontos corridos no Campeonato Brasileiro, em 2003, uma equipe teve um desempenho tão pobre nas cobranças de pênalti quanto o seu.
O tiro de Rogério defendido por Cássio já no fim do empate sem gols com o Corinthians, anteontem, foi o quarto desperdiçado por são-paulinos nessa edição da Série A.
O time só conseguiu transformar em gol um dos cinco pênaltis que teve em seu favor: com Jadson, contra a Ponte Preta, na estreia.
Até então, os piores aproveitamentos eram de Grêmio (2012), Figueirense (2008) e Atlético-MG (2004 e 2005). Cada um deles executou três cobranças e converteu uma.
Os pênaltis perdidos por Rogério contra Portuguesa, Criciúma e Corinthians e o erro de Jadson perante o Flamengo já custaram seis pontos ao São Paulo no torneio.
Se considerados os gols de pênalti desperdiçados nessas quatro partidas, a equipe do Morumbi estaria na sexta posição, distante da zona de rebaixamento e com chance de se garantir na Libertadores.
Paulo Autuori, que antecedeu Muricy Ramalho no comando do time, apontou que os erros estão ligados à pressão emocional de quem luta para permanecer na Série A.
Muricy disse que vai conversar com Rogério para definir se há necessidade de troca no cobrador oficial.
O capitão é o jogador que mais pênaltis errou no Brasileiro desde 2003: nove. O segundo no ranking de falhas também está no atual elenco tricolor: Luis Fabiano, que já desperdiçou sete chances.
"O Rogério é nosso batedor oficial. Ele errou, mas outro poderia ter errado também. Ele tem personalidade, pode errar seis [pênaltis] que vai acertar o sétimo. O importante é um apoiar o outro", disse o zagueiro Rodrigo Caio.
O camisa 1 errou os quatro pênaltis que bateu nos últimos dois meses e meio --também perdeu contra o Bayern de Munique, na Copa Audi. É o mesmo número de falhas que cometera nos três anos e três meses anteriores ao início da sequência negativa.
Mas, mesmo pensando em toda a carreira, o capitão são-paulino não tem números de um bom batedor de pênaltis.
Rogério converteu 53 das 71, ou 74,6%, das cobranças que já executou na carreira, sem contar decisões por pênaltis. O índice médio de acerto no Brasileiro nos últimos onze anos é um pouco superior, na casa de 78.1%.
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