PF investiga confederação de taekwondo suspeita de desviar R$ 3 mi
A CBTKD (Confederação Brasileira de Taekwondo) está sob investigação da Polícia Federal do Rio por suspeita de fraude em licitações e desvio de recursos públicos.
Nesta terça-feira (22), em cumprimento a três mandados judiciais de busca e apreensão da Operação Contragolpe, agentes da PF foram a três endereços ligados à entidade. Nos locais, foram arrecadados documentos.
Uma das investigações da PF sobre a confederação diz respeito a convênio com o Ministério do Esporte, que vigorou de dezembro de 2011 a agosto de 2013 e repassou R$ 3 milhões à CBTKD, que é presidida por Carlos Fernandes.
O convênio foi feito para compra de material e equipamentos esportivos e posterior distribuição a 15 Estados.
Procurado pela Folha, o ministério afirmou em nota que forneceu informações à PF. "O governo tem interesse no esclarecimento de dúvidas ou denúncias a respeito e apoia a investigação."
No comunicado, a pasta disse que, se comprovadas, é mais provável que as irregularidades "teriam ocorrido nos procedimentos de compra do material ou nos procedimentos administrativos da própria confederação".
Em 2013, a CBTKD teve suas propostas em chamada pública –para financiamento federal de seus projetos–, rejeitadas pelo ministério.
O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) estima repassar, em 2014, R$ 1,7 milhão para a confederação em recursos advindos da Lei Piva.
Mas não quis se pronunciar sobre a operação da PF. "O objeto da questão não tem relacionamento com o COB."
A CBTKD se defendeu em sua página na internet e disse que os documentos do convênio têm "acesso livre a qualquer cidadão brasileiro".
"É lamentável o excesso de zelo da autoridade policial em determinar busca e apreensão de documentos públicos dentro da entidade."
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