'Ex-patinho feio', Santos já mira a 7ª final consecutiva no Paulista
Ronny Santos/Folhapress | ||
Lance de jogo durante a partida entre Santos X Audax pela 11ª rodada do Campeonato Paulista |
O Santos iniciou a disputa do Campeonato Paulista em um cenário nada animador.
A saída de referências, como o goleiro Aranha e o volante Arouca, a ação de jogadores na Justiça para receber salários atrasados e a chegada de veteranos, como Elano, 33, e Ricardo Oliveira, 34, não empolgaram os torcedores.
Entre os quatro grandes, era o que aparentava ter menos chances de lutar pelo título –Corinthians e São Paulo vinham de boas campanhas no Brasileiro, e o Palmeiras era o campeão de reforços para a temporada.
Mas, passados quatro meses, o Santos vive uma situação totalmente diferente.
Após ter feito a segunda melhor campanha da primeira fase –apenas três pontos atrás do Corinthians–, disputa as quartas de final contra o XV de Piracicaba, neste domingo (12), na Vila Belmiro, mirando a sétima final consecutiva do campeonato.
Além de o XV ter a pior campanha entre todos os classificados, a trajetória no torneio empolga os santistas.
Nos clássicos com Corinthians, Palmeiras e São Paulo, teve uma vitória (Palmeiras) e dois empates –em ambos, conseguiu se impor e criar chances para vencer.
Na primeira fase, perdeu só um jogo, contra a Ponte Preta, por 3 a 1, fora de casa.
Dos contratados, Ricardo Oliveira surpreendeu. O jogador, que custa R$ 40 mil mensais e tem contrato até o fim do Paulista, fez oito gols e é vice-artilheiro do Estadual.
O desempenho animou o presidente Modesto Roma Júnior, que tomou posse em janeiro, a renovar o vínculo.
Também atacante, Robinho voltou a ter atuações empolgantes após um 2014 bastante irregular. O meia Lucas Lima foi outro que melhorou. Assim como o volante Renato, 35, que substituiu Arouca.
Nem mesmo a queda do técnico Enderson Moreira, em 5 de março, afetou o time. Marcelo Fernandes assumiu de forma interina e agradou.
Se chegar à sétima final consecutiva, o feito ficará abaixo só do obtido pelo time de Pelé, que, em outro formato, brigou pela taça seguidamente entre 1955 e 1962 –levou seis títulos em oito anos.
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